quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Células de gordura podem murchar, mas o número delas se mantém

Pessoa que já foi gorda tem que cuidar do peso para o resto da vida. No Brasil, 15% da população é obesa, segundo dados oficiais.

Muitas pessoas acham que os gordinhos são assim porque querem, e atribuem o excesso de peso a preguiça, falta de vergonha ou desleixo.

O fato é que a obesidade é uma doença, e esse número vem crescendo no mundo todo. No Brasil, 15% da população já é considerada obesa, segundo os dados oficiais mais recentes.

O endocrinologista Alfredo Halpern explicou que, quando um indivíduo engorda, produz uma quantidade maior de células de gordura. Ao emagrecer, essas células murcham, mas não desaparecem – a quantidade só aumenta, nunca diminui.



Portanto, alguém que já teve 100 kg e hoje está com 60 kg jamais será igual a uma pessoa de 60 kg que nunca ganhou peso.

Quem já foi obeso guarda no corpo as células de gordura que um dia foram inchadas, além de sofrer mudanças na expressão de genes que favorecem a obesidade, como aqueles que estocam energia. É por essa razão que o metabolismo fica mais lento.

Quanto mais tempo o indivíduo mantiver um peso alto, portanto, mais células gordurosas vai produzir e por mais tempo o corpo vai guardar a informação desse número na “memória”.

Preconceito contra os gordos

De acordo com uma pesquisa feita no Brasil em 2010, sete em cada dez empresários têm algum tipo de restrição para contratar pessoas acima do peso. E essa é uma constatação de quem está na fila do emprego.

O excesso de peso sempre chama a atenção, não interessa quem é a pessoa, se tem fama ou é anônima.

O ator Leandro Hassum diz que já sofreu com pré-julgamentos sobre sua condição de saúde e limitações físicas. Ele foi recusado para um emprego de garçom porque um uniforme sob medida teria que ser feito especialmente para ele.

Apesar dos quilos a mais, Leandro não descuida da aparência nem do bom gosto. E dá dicas para as mulheres mais cheinhas: cuidar do cabelo, das unhas, da pele, da higiene e do visual em geral.

Ele também revela que, quando encontra alguma roupa legal que sirva, já leva várias para garantir, mesmo que sejam todas da mesma cor.

Obesos sofrem preconceito na hora de buscar um trabalho formal. Vanessa Santana, que está desempregada, foi até uma central de empregos para procurar uma oportunidade. Ela acredita que, se fosse mais magra, já teria conseguido uma vaga.

E a manicure Alexandra Silvério recebeu dicas do recrutador de recursos humanos Renato Grinberg para voltar ao mercado. Segundo ele, algumas profissões dependem mais da aparência, como é o caso de vendedores e recepcionistas. Mas, para qualquer posição, o visual tem importância porque representa a imagem da empresa. E não é questão de estar bonito, mas bem-cuidado.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Exercício físico, um hábito de verdade

    Academia, caminhar no parque, fazer exercícios em casa, é encarado como um sacrifício para muita gente. E, olhando por essa ótica dolorosa, fica ainda mais difícil de sair do sofá mesmo. "Infelizmente, a grande maioria das pessoas começa a treinar para resolver algum problema, como perder peso ou por outra recomendação médica. São poucos os que praticam atividades físicas por prazer".

Vamos encarar os fatos: não dá para ficar parado, então que tal buscar formas incentivadoras para tornar o exercício físico um hábito que faz parte da sua rotina, assim como comer, escovar os dentes ou tomar banho? Se o processo é incorporado naturalmente no seu cotidiano, fica bem mais fácil de pedalar ou partir pra cima da esteira.
Pergunta
Encarar a atividade física com um pouco mais de prazer e menos obrigação já é um bom ponto de partida para aumentar a sua disposição e, portanto, o rendimento. Uma ótima (e necessária) alternativa é buscar as atividades que você mais curte.

Pode ser que a prática ideal seja uma aula de MUSCULAÇÃO, DE DANÇA CONTEMPORÂNEA, JOGAR BASQUETE OU SEGUIR AS INDICAÇÕES DE UM VÍDEO DE GINÁSTICA NO TAPETE DA SALA. "Entretanto, é preciso fazer a pergunta: 'O que eu mais gosto de fazer para mexer o meu corpo?'"
Na hora certa
O horário também ajuda a disciplinar o corpo para o momento da atividade física, e, assim como a escolha do exercício ideal, o período do dia mais indicado só descobre é quem treina.

Normalmente, definir um horário é bom, porque o corpo acostuma com a rotina, e quando ela falha, você sente falta. Mas isso também não é uma regra. "Muita gente funciona com uma rotina fixa, enquanto outras preferem flexibilizar o horário do treino para não cair no tédio".
Companhia e lugar certos
Ter uma turma de amigos, seja na academia ou o time de futebol do bairro, também é um fator que ajuda a motivar e criar o hábito. Se bate a preguiça, um parceiro pode ser a mola propulsora para tirar a pessoa do sedentarismo.

Prato colorido
A dieta também interfere na sua rotina de exercícios. A
falta de NUTRIENTES e vitaminas certos no prato pode ser a resposta para a falta de energia e disposição.
Comprometimento na esteira
Procure academias que consigam fazer um atendimento personalizado e que demonstrem comprometimento com os alunos.

Metas reais
Partir do sedentarismo com o objetivo de virar um corredor profissional em um mês ou ganhar a barriga tanquinho em 20 dias? só por milagre.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Estive lendo este linke,


 Este linke estive lendo, e será muito bom para que você acesse e leia com muita atenção,

Pois irá contribuir muito para a tua vida e de seus familiares .

É um trabalho de um pessoal La do sul do Brasil, com um nível de pesquisa muito bom .

Abraço ate mais !!!       




                                                                                                                         Bons estudos!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Alimentos que prometem algum efeito no emagrecimento

O que você precisa saber sobre os suplementos naturais para emagrecer

      Composto   de óleo de linhaça e de gergelim acelera o metabolismo e ajuda a emagrecer

Emagrecer a qualquer preço parece ser o lema dos brasileiros. É o que se percebe nas informações contidas nos relatórios divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nos últimos anos. Em 2007, o Brasil era o país que mais consumia inibidores de apetite no mundo e, no período entre 2001 e 2004, o uso desse tipo de medicamento dobrou. No início de 2010, as estatísticas mostraram pequena diminuição desse quadro, mas a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) noticiou que foram vendidas três milhões de toneladas desses produtos, só em 2009.


   Apesar de o uso de remédios em obesos seja clinicamente indicado, eles podem se transformar em grandes vilões por trazerem graves efeitos colaterais. Além disso, há o risco de automedicação. Com o cerco cada vez mais forte aos inibidores de apetite (sibutramina e os derivados anfetamínicos), a esperança recai sobre os suplementos naturais, feitos de plantas que prometem ajudar no emagrecimento.


    No mercado há uma grande variedade de produtos como Centella Asiática, Óleo de palma e Garcínia que possuem indicações, em geral, idênticas aos sintéticos: modular a fome e potencializar a perda ou o controle do peso.


   Em tese, todo alimento ou parte de um alimento capaz de proporcionar benefícios médicos e de saúde são considerados nutracêuticos. O termo abrange não só os suplementos dietéticos, bem como os produtos herbais, nutrientes isolados, entre outros.


Eficácia x segurança

  Na opinião do endocrinologista Bruno Geloneze, coordenador do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes (LIMED) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a grande vantagem dessas substâncias, desde que cientificamente testadas, é que elas são mais seguras e podem ser usadas por tempo indeterminado, atuando em sintonia com todas as outras ações que levam ao controle da doença. “Elas são dotadas de uma eficácia que não pode ser reconhecida como exuberante, mas é consistente. O grande equívoco das pessoas é pensar que podem utilizá-los isoladamente”.



   Mas a endocrinologista Thalita Bittar, membro do departamento de Transtornos Alimentares da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), afirma que a maioria dos suplementos naturais não possuem estudos clínicos que comprovem benefícios ou descrevam efeitos colaterais. “Como não existem dados científicos sobre o real mecanismo de ação, segurança, riscos, limites de tempo de uso, contraindicações e interações medicamentosas, a SBEM não recomenda o uso desse tipo de produto”.


   A nutricionista Isabel Jereissati, responsável pelo grupo de estudos do Setor de Nutrição do Núcleo Integrado de Atenção à Saúde da Mulher, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, concorda. Para ela, todo cuidado é pouco na escolha desse tipo de nutracêutico, pois muitos deles contêm, além das ervas e nutrientes, anfetaminas, hormônios, laxantes e diuréticos, que até estimulam a perda de peso rápida, mas podem ser a causa de inúmeras alterações metabólicas. “O outro senão é que, interrompido o consumo, o peso é recuperado”, comenta.


   Neste sentido, o caso da proibição da Caralluma Fimbriata e do Divine Shen em dezembro de 2010 é um bom exemplo. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a comercialização do Divine Shen por encontrar sibutramina no produto que só deveria conter fibras de laranja amarga. Já a Caralluma foi proibida por não ter nenhum produto regularizado, com comprovação de segurança e eficácia.



Como funcionam

     Caroly Cardoso, farmacêutica industrial e coordenadora do Curso de Especialização em Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Faculdade Oswaldo Cruz (FOC) afirma que “várias substâncias podem ser utilizadas, desde que sejam aprovadas pela Anvisa. E existem associações de plantas medicinais com várias funções”.



      Cardoso cita como exemplo o Plantago (Agar Agar), que aumenta o bolo fecal e estimula o funcionamento dos intestinos, além de dar sensação de plenitude gástrica, pois incha no estômago e diminui a sensação de fome.



     Jereissati acrescenta que esses suplementos atuam de diversas formas, e são também indicados para aumentar o gasto energético; modular o metabolismo de carboidratos; estimular a saciedade; ter efeito diurético; aumentar a oxidação de gordura ou diminuir sua absorção.


    De acordo com a nutricionista, não é porque o suplemento é natural que ele pode ser consumido indiscriminadamente e sem supervisão especializada. “Médicos ou nutricionistas sabem que esses coadjuvantes devem ser prescritos baseados em fatores individuais, tais como o funcionamento do trato gastrointestinal, patologias associadas, histórico familiar e uso de medicamentos”, esclarece.



    Genoleze observa que o mais importante na hora de escolher um nutracêutico é ter informações sobre evidências clínicas. É isso que dá suporte à sua eficiência e elucida o potencial de risco.  Segundo o endocrinologista, alguns ácidos graxos como o ácido pinolênico (ômega-6), encontrado nas castanhas de pinho coreano, já tiveram suas propriedades amplamente testadas. Suas propriedades e estimulam a liberação de colecistocinina (CCK), hormônio intestinal supressor do apetite, e podem aumentar a liberação de Glucagon Like Peptide (GLP), outro hormônio que não só contribui na digestão de gorduras, mas também envia informações de plenitude para o cérebro, ajudando a comer menos.


   Quando o suplemento passa a funcionar, é importante não se deixar levar pelo entusiasmo. Geloneze diz que o que funciona é um plano estratégico para o uso de suplementos durante o tratamento. Entretanto, “O paciente deve ser orientado sobre a importância de substituir o conceito de peso ideal por peso saudável”. “Isso significa que, se uma pessoa conseguir perder de 5% a 10% do peso corporal, ela já sentirá um impacto positivo em sua saúde”, conclui o especialista.


    Suplementos alimentares que dizem ter propriedades emagrecedoras

suplemento
efeito
Extrato de proteína de batata (Slendesta)



   Parece ter efeitos no aumento da saciedade, ajudando  assim a controlar a quantidade de alimentos ingeridos. Esta proteína estimula a secreção de um hormônio chamado colecistocinina (CCK),  relacionado a mecanismos reguladores da ansiedade e do apetite. A Anvisa   proibiu produtos com estrato de proteína de batata de fazerem propaganda,  pois nenhum fitoterápico com esse princípio ativo é registrado na agência.

   Camellia sinensis

     É o chá verde/branco. Potente antioxidante. São muitos   os estudos com esta erva, e alguns deles usaram grandes quantidades de chá  (cerca de 2 litros/dia). Os resultados demonstraram que o consumo aumenta   o gasto energético e a quebra da gordura, promovendo perda de peso  corporal. Porém, alguns estudos com extrato de chá verde demonstraram que  ele pode causar toxicidade hepática, especialmente quando utilizado em  altas doses. Observações clínicas evidenciam perda de apenas 2 a 5% do  peso corporal. Este chá é autorizado pela Anvisa como alimento, mas como       alimento e não como coadjuvante de emagrecimento.

      Agar Agar (Cyamopsis tetragonolobus) e  pyssilium (Plantago psyllium)

    São fibras solúveis que absorvem água, aumentando a   saciedade e consequentemente causando menor ingestão alimentar. São bem       toleradas e ajudam também no controle de colesterol e da glicose       sanguínea. Aumentam o bolo fecal e estimulam o funcionamento dos       intestinos. A venda é autorizada pela Anvisa, mas para venda como       emagrecedor é necessário comprovar sua eficácia, é utilizado como um       aditivo de alimentos industrializados


     Os fitoterápicos abaixo são plantas e ervas medicinais comercializadas como coadjuvantes no tratamento da obesidade. Apesar de serem naturais, não existem estudos científicos que comprovem sua eficácia, dosagem, interações com outros medicamentos e nutrientes, além de eventuais efeitos colaterais e contraindicações

    Insumos fitoterápicos que acredita-se poderem auxiliar o emagrecimento

Fitoterápico
Efeito
Garcinia cambogia
   Nativa da Ásia, Austrália, África do Sul e Polinésia,       esta erva é conhecida pelos seus efeitos anti-inflamatórios. Parece também       ajudar no processo de perda de peso, via seu princípio ativo, o ácido       hidroxicítrico (HCA), que inibe o apetite em geral e também por doces,       além da produção de gordura pelo organismo. Os estudos publicados não       conseguiram comprovar o potencial para a perda de peso. O consumo em       excesso ainda pode causar diarreia, cólica, náusea e vômito. A Pholiamagra       é um insumo fitoterápico. Não se trata de um produto acabado ou       medicamento registrado na Anvisa, há apenas um produto na agência       registrado com esse insumo.

  Centella asiátia ou Centelha asiática

    Esse fitoterápico melhora a circulação e é    vasodilatador, ele é utilizado em pessoas com problemas circulatórios.  Acredita-se que o efeito do produto no sistema circulatório pode ajudar a  prevenir e tratar celulites e gorduras localizadas. É um fitoterápico  classificado como um produto com ação sobre o aparelho cardiovascular pela   Anvisa, apenas para isso a Agência emitiu seu registro, deve ser consumido  sob recomendação médica.

    Pholiamagra

   Nome científico Cordia ecalyculata vell ou Cordia salicifolia, também       conhecida como Porangaba. Erva usada pelas tribos indígenas do Brasil para  tratar diversas condições, desde mordidas de cobras, até perda de peso e  controle da fome. A proposta é suprimir o apetite, estimular e queimar gordura localizada, potencializar o sistema imunológico. Tem ação   diurética e estimulante. Não existe nenhum estudo clínico sobre a planta.       A Pholiamagra é um insumo fitoterápico. Não se trata de um produto acabado ou medicamento registrado na Anvisa, não há nenhum produto na agência registrado com esse insumo.

   Esses ingredientes são classificados pela Anvisa como alimentos ou novos alimentos. Os novos alimentos são os alimentos sem tradição de consumo no país ou que já sejam consumidos, mas passam a ser utilizados em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos que compõem uma dieta regular. Além disso, são considerados novos alimentos aqueles que passam a ser apresentados na nas formas de cápsulas, comprimidos, tabletes e outros similares. Mas a Anvisa alerta que os produtos com finalidade ou indicação medicamentosa e ou terapêutica não podem ser considerados alimentos ou novos alimentos.

   Alimentos que prometem algum efeito no emagrecimento
limento
Efeito

   Óleo de Palma (conhecido como azeite de   dendê)

    O óleo é extraído do fruto da palma. O uso para perda de  peso surgiu após um estudo canadense de 2003. Os pesquisadores associaram  óleos de palma, coco, azeitonas e linho. A perda de peso foi verificada  somente nos homens que participaram da pesquisa, correspondendo a meio quilo no período de 27 dias. Para as mulheres não houve nenhum benefício  registrado, portanto, não existem estudos suficientes para recomendar o  uso de óleo de palma como coadjuvante do emagrecimento. É registrado na Anvisa como óleo de uso culinário, sem referência aos efeitos emagrecedores.


    Óleo de linhaça e óleo de Gergelim

   O produto feito com a combinação destes óleos ou o uso dos óleos individualmente tem sido indicado para acelerar o metabolismo e  como fonte de ômega 3 e 6, além de ter propriedades antioxidantes. Se consumidos nas quantidades indicadas, possuem poucos efeitos colaterais, a não ser uma maior atividade intestinal. Esses óleos são considerados novos alimentos pela Anvisa (inclusive o produto Linobio é inscrito na agência com a classificação de novos alimentos e novos ingredientes), não podendo       então fazer propaganda de qualquer propriedade emagrecedora ou     terapêutica.

   Minerais - Esses compostos são minerais que circulam normalmente no sangue e suas fontes são as frutas, verduras e legumes consumidas diariamente. Na ausência de deficiência, há risco na suplementação, que pode causar efeitos colaterais.

   Minerais que interferem no emagrecimento
Mineral
Efeito
Cromo

    Relaciona-se ao metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, e esse seria o mecanismo de ação no processo de perda de peso corporal. Utilizado com o objetivo de melhorar a massa muscular e o  rendimento do treinamentos. Estudos clínicos não conseguiram comprovar  esses benefícios. E seu excesso pode causar lesões renais e hepáticas.

Selênio
  A ingestão adequada de selênio é muito importante para o bom funcionamento de várias funções do organismo (tireoide, sistema       imunológico, fertilidade masculina, entre outras). No entanto, vários       suplementos contêm doses altíssimas do nutriente, o que não é desejável,       pois pode levar à fadiga, irritabilidade, queda de cabelo, dermatite,       vômitos, bem como pode aumentar o risco de desenvolver diabetes. Porém,       adequados níveis no organismo contribui para a manutenção de um peso       saudável.


   Magnésio
   Propõe-se a controlar a vontade de comer doces e carboidratos, diminuir edemas e o estresse, além de melhorar a disposição física e o desempenho na prática esportiva. O excesso de magnésio pode  levar a problemas de pressão e respiração, alterações do ritmo do coração, inibição da calcificação óssea. Estudos com atletas, principalmente  mulheres, demonstraram que muitos apresentam baixos níveis sanguíneos deste mineral, e a suplementação melhora o desempenho e espasmos       musculares. Para os indivíduos sedentários ou atletas de recreação, sem       sinais de deficiência deste mineral, não parece ajudar na perda de   peso.

Proibida pela Anvisa:

   Muito falada na mídia atualmente, a Caralluma Fimbriata (cactus comestível) foi proibida pela Anvisa  e qualquer produto que utilize esse insumo está proibido, quer seja industrializado ou manipulado. Como nenhum produto que contenha Caralluma fimbriata encontra-se regularizado no país, tendo em vista que não há qualquer comprovação perante a Anvisa em relação à sua segurança e eficácia, a suspensão da importação, da fabricação, da distribuição, da manipulação, do comércio e do uso estabelecida pela Resolução - RE n- 5.915/2010 é válida tanta para o insumo quanto para todos os produtos que o contenham na sua composição. Alguns fitoterápicos que se diziam feitos de caralluma continham também Cloridrato de Sibutramina, medicamento controlado e que traz riscos à saúde. Esse tipo de fraude pode acontecer em fitoterápicos, quando substâncias danosas ao organismo mostrando que é preciso prestar muita atenção no produto a ser consumido para evitar grandes problemas de saúde. A Caralluma é uma espécie de cacto usado por tribos indianas para reduzir a fome e aumentar a resistência.  A proposta é regular os níveis de glicose, bloquear a formação de gordura, modular o apetite, induzir sensação de saciedade, além de dar mais energia. Existem poucos estudos na literatura científica que demonstram potencial supressão de apetite, o que não influi na diminuição do peso. Recente pesquisa brasileira mostrou que ela não promove redução significativa de peso, nem mesmo da circunferência abdominal. Embora ainda sejam escassas informações sobre reações ou contra indicações, ela pode causar acidez gástrica, flatulência e constipação. A anvisa aguarda mais estudos sobre segurança e eficiência do produto para ver se é possível registrar algum produto com esse princípio ativo para a venda no Brasil.

domingo, 4 de setembro de 2011

Reportagem indicada por um amigo e seguidor do blog, REFRIGERANTES COM ZERO CALORIA NÃO AJUDAM A EMAGRECER, DIZEM PESQUISAS “ Ciência e Saúde Em São Paulo ” .

   Os refrigerantes de zero caloria (conhecidos como diet, light ou zero) são procurados por aqueles que querem emagrecer, mas SERÁ que eles realmente contribuem com a dieta???  Pesquisas mostram que eles não ajudam na saciedade e podem fazer com que você coma ainda mais. Eles são eficientes se a INGESTÃO DE CALORIAS for controlada, e o mesmo vale para os refrigerantes normais, os doces etc. E ainda o açúcar proporciona maior saciedade e faz você comer menos em seguida.
  Além disso, os refrigerantes com adoçantes artificiais devem ser consumidos com moderação, pois possuem ALTAS DOSES DE SÓDIO, que em excesso pode causar maior retenção de líquidos e aumentar a pressão sanguínea. Além disso, alguns adoçantes usados no Brasil são proibidos em outros países (ciclamato de sódio é proibido na França, nos EUA, no Japão e na Inglaterra e a sacarina sódica é proibida na França e no Canadá -- USADOS NA MAIORIA DOS REFRIGERANTES ZERO NO BRASIL).

  Diversas pesquisas nos Estados Unidos indicam que populações que ingerem refrigerantes dietéticos apresentam maior aumento no Índice de Massa Corpórea (IMC) do que os que consomem a bebida açucarada, é o que explica Quig Yang em seu artigo para a Universidade de Yale. Apesar disso, pouco se sabe dos mecanismos que levam a esse ganho de peso. Algumas pesquisas acreditam em mecanismos biológicos para o aumento de ingestão calórica associado ao uso de adoçantes artificiais (menor saciedade, maior absorção de energia na digestão etc.), outras acreditam que pode haver um fator psicológico, você pensa que está sendo muito saudável consumindo seu refrigerante dietético e por isso pode comer aquela sobremesa que não comeria caso o refrigerante fosse normal.
   Algumas pesquisas feitas com diferentes tipos de adoçantes em ratos tem demonstrado que o uso de adoçantes aumenta o consumo calórico e o peso. A nutricionista Fernanda de Matos Feijó, mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e faz doutorado pela mesma universidade, pesquisou o efeito de suplementação de SACAROSE (açúcar), SACARINA e ASPARTAME (adoçantes dietéticos) em ratos com alimentação livre (comendo quanto quiserem). Em sua pesquisa, os ratos que recebiam suplementação de açúcar comiam menos ração e eram mais magros que os que recebiam os adoçantes dietéticos e os que não recebiam suplementos. O açúcar aumentou a saciedade dos ratos, resultando numa menor ingestão de comida e calorias.

    Como os refrigerantes light não aumentam a saciedade, eles possuem nesse sentido um resultado semelhante ao da água. Acabam gerando uma maior ingestão calórica diária do que a apresentada por aqueles que consomem as bebidas com açúcar. Os ratos da pesquisa de Feijó que consumiram suplemento de açúcar terminaram a pesquisa mais magros que os que consumiram sacarose, aspartame e só ração, mesmo consumindo a bebida mais calórica e tendo ração livre como os demais. Vale lembrar que a solução com açúcar não era servida à vontade, tinha uma dose diária definida, portanto a pesquisa não fala nada sobre consumir altas doses de uma bebida muito açucarada e sim pequenas doses.
    Feijó explica que o ser humano não age apenas por instinto, então uma pessoa pode consumir mais ou menos alimentos por QUESTÕES EMOCIONAIS, mas desde a amamentação temos o instinto de sentir saciedade com ingestão de alimentos com açucares. O leite materino possui açúcares e estimulava a sensação de saciedade.

    Além disso, na hora de emagrecer a força DE VONTADE É FUNDAMENTAL, sendo assim, mesmo sem se sentir totalmente saciada, há como fazer um esforço para consumir uma quantidade menor de calorias, nesse caso, consumir o refrigerante diet pode ajudar a ter um menor valor energético, pois a mesma bebida com açúcar tem muito mais calorias.
  Outro motivo indicado por Yang é o costume do paladar. Algumas pesquisas mostram que consumir menos sal e não utilizar outros produtos para substituí-lo pode alterar o paladar e diminuir a tolerância ao sal. O mesmo pode ocorrer com o gosto doce, ao consumir o adoçante dietético você acostuma o seu paladar ao gosto doce e cada vez mais vai buscá-lo, muitas vezes em alimentos com açúcar, altamente calóricos, mas nessa teoria o refrigerante com açúcar teria o mesmo efeito que os adoçados artificialmente e a solução seria consumir cada vez menos essas bebidas de gosto muito açucarado.
   Feijó também comenta que pesquisas deram indícios de que o refrigerante com adoçantes artificiais pode diminuir o metabolismo e assim, contribuir de fato com o ganho de peso em vez da perda. Mas essas teorias não têm ainda comprovação.
   Antes que você saia por aí tomando litros de um refrigerante bem doce, Feijó conta que alimentos sólidos com açucares são mais eficientes do que os líquidos para saciar. Ela recomenda que se evite o consumo de refrigerantes em geral, consumindo no máximo um copo por dia (200 ml) de preferência só em ocasiões especiais, pois esses produtos tem uma quantidade muito grande de açúcar. Os dietéticos, por terem muito sódio, ela recomenda apenas para os diabéticos, pois os regulares tem muito açúcar, o que geraria um aumento grande e muito rápido na glicemia. Mesmo assim, o consumo deve ser moderado.

     Ao se falar de refrigerantes adoçados artificialmente é preciso deixar claro se há diferença entre os produtos light, zero e diet. Mariana Del Bosco, nutricionista membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), explica que de acordo com a legislação brasileira, o produto light deve apresentar uma redução 25% ou mais de calorias ou de algum nutriente, como açúcar ou gordura. Já o produto diet ou zero, deve ser isento de algum componente, como sal ou açúcar. No caso do refrigerante, seja diet, light, ou zero, não há diferença. Todos são isentos de açúcar e apresentam quantidades insignificantes de calorias.

Garanta sua segurança
  Por ser uma bebida sem nutrientes, Del Bosco explica que não há indicação (não se indica um mínimo dele) para o consumo desse tipo de produto. Estudos mostram que crianças que consomem refrigerantes tendem a ingerir menos leite, FONTE DE CÁLCIO, além disso, o refrigerante tem fósforo, um elemento que, em excesso, pode atrapalhar na incorporação do cálcio no osso. Isso pode, em maior ou menor grau comprometer a saúde óssea, por isso o consumo em excesso de refrigerantes deve ser evitado, em especial por idosos e crianças.

Aprovados para o consumo no Brasil, os adoçantes ciclamato de sódio e sacarina sódica são proibidos na França. O ciclamato é proibido também nos EUA, Japão e Inglaterra e a sacarina é proibida no Canadá.

   Os adoçantes são regulamentados pela Anvisa, que garante os produtos podem ser consumidos com segurança, desde que se respeite as dosagens máximas de ingestão. Segundo Del Bosco, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que determina quais adoçantes podem ser comercializados e qual é a ingestão diária aceitável (IDA) por dia no Brasil.

Ingestão Diária Aceitável dos Adoçantes , Adoçante, Ingestão diária aceitável (IDA)
Acessulfame de potássio   15 mg/kg
Aspartame 40 mg/kg
Ciclamato  11 mg/kg
Sacarina  5 mg/kg
Sucralose 15 mg/kg
Como calcular (exemplo da sucralose):
60 KG X 15 = 900 MG     (UMA PESSOA DE 60 KG PODE INGERIR 900 MG POR DIA)
    Del Bosco explica que é muito difícil avaliar a quantidade de refrigerante que se poderia consumir para que não se ultrapasse o limite máximo recomendado, principalmente porque, os refrigerantes são compostos por misturas e isso dificulta o cálculo.

    Para proteger o consumidor, a Anvisa também determina a quantidade máxima de cada edulcorante que deve estar presente em 100 ml de refrigerante.

  Quantidade máxima de adoçante em 100 g de alimento ou 100 ml de refrigerante
Adoçante  Quantidade máxima em 100 ml ou 100g
Acessulfame de potássio  26 mg a 35 mg
Aspartame  56 mg a 75 mg
Ciclamato  40 mg e 56 mg
Sacarina  10 mg a 15 mg
Vale lembrar que a recomendação, portanto, é de consumir com moderação .
Muito obrigado!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Continuidade ... porque fazer avaliação física.

      Porque não fazer exercícios além dos que o educador físico lhe prescreveu (ficha).

PUBALGIA CRÔNICA: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
Isabela de Souza Falchetti 1
Alexandre Figueiredo Zaboti 2

INTRODUÇÃO
   A pubalgia crônica é uma lesão de esforço repetitivo causada pelo excesso de uso no esporte, sendo observada em várias modalidades desportivas, mas ocorrendo com maior
freqüência em jogadores de futebol. Os atletas são submetidos à um grande número de jogos
e treinos, não havendo muitas vezes um tempo necessário para o repouso ou para um programa adequado de alongamentos, o que predispõe o seu aparecimento.
A falta ou a inadequada execução de alongamento da musculatura adutora da coxa
somado ao excesso de exercícios abdominais que esses atletas realizam, podem causar desequilíbrio muscular na sínfise púbica e consequentemente o surgimento da pubalgia. Será a
falta de alongamentos e o excesso de exercícios abdominais as principais causas da pubalgia crônica ?
A pubalgia crônica manifesta-se por uma dor na sínfise púbica geralmente
associada à prática desportiva e pode irradiar-se para a face medial da coxa. Pode ocorrer
ainda dor na inserção dos retos abdominais.
O seu diagnóstico pode ser demorado devido ao grande número de patologias que
acometem a região do quadril, podendo mascarar os sintomas da pubalgia e retardar o diagnóstico preciso.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento fisioterapêutico inicia-se após uma
completa avaliação do paciente para que sejam detectados os desequilíbrios
musculoesqueléticos e a partir daí se elaborar um programa adequado de tratamento.
O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa bibliográfica a respeito do
tratamento cinesioterapêutico e da patologia, sem a intenção de criar um protocolo de
tratamento, e sim uma abordagem ampla que possibilite as tomadas de decisões por parte do fisioterapeuta durante a fase de reabilitação.

FISIOPATOLOGIA
Conforme Moore, Stover e Matta (1998) a pubalgia foi inicialmente descrita na literatura Inglesa em 1924 por Beer, em um paciente pós-operatório de cirurgia supra-púbica.
Sendo que primeiramente era considerada como uma complicação pós-operatória de procedimentos urológicos; depois foi descrita após trauma, atividades atléticas, gravidez e também foi associada à desordens reumatológicas.
Segundo Andrews e Carek (1998) a pubalgia é considerada uma desordem
inflamatória comum na sínfise púbica, é uma inflamação auto-limitante secundária a um trauma, cirurgia pélvica, parto ou uso excessivo, e pode ser encontrada em qualquer pessoa.
A sínfise púbica, embora revestida, em grande parte, pelos músculos da virilha e abdômen, é constituída apenas pelo periósteo e fáscia parietal. Essa área da sínfise é particularmente suscetível às forças de cisilhamento durante determinadas atividades atléticas,
como a corrida, o salto e o chute. Nesse momento, a sínfise movimenta-se para cima e para baixo, chegando a rotar levemente, o que facilita o microtrauma. Como é pequeno o
suprimento sangüíneo nessa área, ela não está muito bem preparada para suportar esse estresse, podendo desenvolver uma inflamação aguda chamada de osteíte púbica.(MELLION, 1997).

Segundo Castropil (1998) a origem do problema é a solicitação excessiva da
musculatura abdominal, necessária para estabilizar o tronco no momento do chute ou do drible. Esse fato somado à uma retração da musculatura da coxa, comumente encontrada em atletas, origina um processo inflamatório de difícil resolução que leva à um cronicidade.

QUADRO CLÍNICO

Álvarez (2000) relata que os sintomas da pubalgia diferem de um atleta para outro, mas caracteriza-se por dor em vários níveis distintos da cintura pélvica relacionado com a prática desportiva; dor ao nível da região inguinal e até na coluna lombar. Classicamente se
descrevem quatro estágios evolutivos: 1o-) a dor aparece depois de um jogo; 2o-) a dor
aparece durante o jogo; 3o -) a dor aparece ao se começar a atividade física e; 4o -) a dor se
desencadeia em repouso e os mínimos movimentos.
De acordo com Holt et al (1995) os sintomas da pubalgia são auto – limitantes e
desaparecem gradualmente após várias semanas ou meses.
Canavan (2001) relata que os atletas queixam-se de dor na área pélvica, que pode
estender-se para a virilha ou para o abdômen, e que os exercícios de alongamento exacerbam
a dor. O exame físico revela, dor à palpação ao longo da borda subcutânea da sínfise púbica.
Outros sinais característicos são a dor na flexão completa de qualquer uma das pernas, durante
a abdução passiva e a adução resistida dos quadris. Em casos graves, o atleta pode apresentarse
com marcha antálgica ou bamboleante, em virtude de espasmos dos adutores.

DIAGNÓSTICO

Para Ide e Caromano (2002) o diagnóstico é fundamentalmente clínico, através da detecção de sinais e sintomas. Tardiamente pode aparecer sinais radiológicos característicos.
É importante delinear as atividades desenvolvidas pelo atleta, bem como a história de quedasou traumas.

Segundo Holt et al (1995) o diagnóstico geralmente é demorado devido a presença de queixas não específicas e pela falta de conhecimento do examinador a respeito desta patologia.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Segundo Willians, Thomas e Downes (2000) o diagnóstico diferencial da pubalgia são muitos e variados, incluindo hérnia inguinal e femural, doenças do tecido conectivo, prostatite, uretrites, causas iatrogênicas secundárias a procedimentos pélvicos, separação da
sínfise púbica causada pelo parto, doenças neurológicas e infecções.

Segundo Cohen e Abdalla; Prentice; apud Oliveira (2002) deve-se indicar um
médico clínico e cirurgião para afastar os diagnósticos diferenciais associados às doenças sexualmente transmissíveis; doenças do trato genitourinário; doenças reumáticas; infecciosas; hérnias; patologias da parede abdominal e tendinite do músculo adutor da coxa para se
diagnosticar exatamente se existe ou não a pubalgia.

TESTES E SINAIS DIAGNÓSTICOS

Teste do Flamingo
Segundo Cipriano (1999) com o paciente em pé, instruí-lo para ficar de pé sobre uma perna de cada vez . Depois, instruir o paciente para saltar , o que aumenta o esforço sobre a articulação. Este teste aumenta a pressão na articulação do quadril, sacroilíaca e da sínfise púbica. Dor aumentada pode indicar processo inflamatório no lado da perna de apoio.
Manobra de Grava: Segundo Cohen e Abdalla apud Oliveira (2002) a manobra é realizada com o paciente em decúbito dorsal, onde realiza-se a flexão, abdução e rotação lateral do quadril apoiando o tornozelo ao nível do joelho contralateral, sendo que uma mão do examinador posiciona-se na asa do ilíaco oposto e a outra no joelho que está sendo examinado, forçando a
abdução. A manobra é positiva quando o paciente refere dor intensa nos adutores.
Teste de flexão de pé dos isquiotibiais
Segundo Busquet (1985) o terapeuta posiciona-se atrás do paciente e pede-lhe para que se incline para frente como se quisesse tocar os pés com as mãos. O teste é negativo se o paciente tocar os pés sem que se altere a estática dos joelhos ou do arco plantar. O teste será positivo se o paciente não conseguir chegar à ponta dos pés ou se a estática do joelho ou do
arco plantar se alterarem.
EXAMES SUBSIDIÁRIOS
De acordo com Lasmar, Lasmar e Camanho (2002) os exames subsidiários são de suma importância para afastar qualquer dúvida a respeito do diagnóstico da pubalgia. Os exames laboratoriais realizados são a espermocultura, a prostatite e o exame de urina – I para
verificar infeção urinária. Os exames complementares realizados são a ultrassonagrafia da região inguinal para verificar rarefação óssea; os raios – X para se verificar degeneração óssea, cisto ósseo, arrancamento ósseo e fraturas de estresse; ressonância magnética para verificar alterações ósseas e alterações das partes moles com presença de inflamação na
origem dos adutores da coxa; e a cintilografia para verificar a presença de osteonecrose. Os raios- X, cintilografia e a ressonância podem ser negativos.
TRATAMENTO
A pubalgia crônica é caracterizada por sinais e sintomas ao nível do púbis. Esse quadro é resultante dos efeitos provocados pelos encurtamentos musculares das cadeias miotensivas do tronco e dos membros inferiores, que diminuem ou bloqueiam os movimentos do púbis, logo, tratar localmente (o púbis), não resolveria o problema, pois não se trataria as causas e sim os sintomas. As condutas adotadas dependem dos desvios encontrados na
avaliação estática e dinâmica das partes envolvidas, sejam elas causas ou conseqüências da patologia. (IDE; CAROMANO, 2002).
De acordo com Holt et al (1995) o tratamento recomendado para esta condição inclui o repouso da atividade física, uso de medicamentos anti-inflamatórios e alongamentos.
O tratamento adequado é multidisciplinar, onde o médico diagnostica e prescreve os medicamentos; o fisioterapeuta elabora um programa adequado de reabilitação e o preparador físico atua na perpetuação dos resultados obtidos, sendo que o tratamento preventivo é a melhor opção, daí a importância de um programa adequado de exercícios de alongamentos antes e depois dos jogos e/ou treinos. A fase de reabilitação pode ser dividida em aguda; fase de reabilitação, onde inicia-se o treinamento aeróbio, fortalecimento dos grupos musculares e os alongamentos; e por último, a fase de retorno ao esporte, onde se trabalha a propriocepção específica, e dependendo da evolução, o retorno total ao esporte. O
tratamento clínico inicialmente, está baseado no repouso e nas medidas para a redução do quadro álgico, sendo que `as vezes, diminuindo a quantidade de treinamentos, os sintomas já aliviam. Além da eletrotermofototerapia e hidroterapia, o tratamento vai de encontro à reeducação do equilíbrio proprioceptivo muscular através de métodos como RPG, Terapia manual, Isostreching de Busquet, massagens, e outros. (LASMAR; LASMAR; CAMANHO, 2002).
Canavan (2001) recomenda inicialmente o alongamento indolor da musculatura adutora, e medida que a dor diminua durante a amplitude total do movimento e atividades diárias, pode-se adicionar um programa com bicicleta estacionária. O objetivo do tratamento é conseguir recuperar a qualidade de alongamento dos músculos encurtados e reforçar seus tendões e pontos de inserção; e o sucesso do tratamento está na postura prolongada, pois os músculos em tensão durante alguns minutos de forma constante, entram em fadiga e abandonam sua tensão excessiva, aí a bainha do músculo, a partir deste momento, pode ser alongada e o músculo recupera seu comprimento. É fundamental seguir o programa das posturas, sendo que primeiro é necessário relaxar os isquiotibiais e a lordose lombar antes de trabalhar o psoas, adutores e abdominais. (BUSQUET, 1985).
- Postura de cadeia posterior Coloca-se o paciente em decúbito dorsal com as pernas a 90o , pés a 90o em relação aos tornozelos e queixo para dentro. A coluna lombar e quadril devem estar bem assentados e alinhados, joelhos bem esticados e o arco plantar deve ser corrigido pela flexão dos dedos. Esta postura deve ser mantida inicialmente durante 5 minutos, progredindo para 10 minutos diariamente durante a noite.
- Postura de adutores
O paciente deve estar sentado, pernas esticadas para a frente, braço repousando sobre um banco ou mesa e faz a abdução da perna oposta. O paciente deve manter a sua postura, bem reto, e regular a tensão dos adutores movendo o joelho para dento ou para fora.
A postura deve ser mantida por 3 a 4 minutos de cada lado.
- Postura dos abdominais
O paciente deita-se em decúbito dorsal sobre uma mesa ou uma bola, sendo que suas pernas devem estar esticadas com os calcanhares tocando o chão. Os braços podem ficar esticados ou com as mãos atrás da cabeça. O paciente mantém a postura de 3 a 5 minutos. Busquet (1985) relata que os exercícios devem ser realizados preferencialmente no período da noite ou após os treinos, pois quando realizados de manhã ou antes dos treinos,
o atleta se cansa. Enquanto persistirem as fortes retrações, os exercícios devem ser realizados diariamente. Em seguida 3 vezes por semana e depois 2 vezes durante a fase de manutenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pubalgia crônica é uma patologia que se manifesta com dor na região da sínfise púbica e inserções tendinosas vizinhas, na maioria dos casos em decorrência dos esforços físicos que são realizados pelos atletas e associados à movimentos compensatórios durante as
atividades físicas.
Essa patologia tem se tornado clássica e quase que exclusiva no meio desportivo, sendo que as principais causas para o seu surgimento são os excessos de jogos e/ou treinos; gestos repetitivos do chute e principalmente o excesso de exercícios abdominais e a
inflexibilidade muscular, fatores esses, que geram desequilíbrios musculares.
É comum encontrarmos nos atletas um encurtamento da cadeia posterior da coxa e abdominais extremamente fortes ou fracos. Tanto o excesso quanto a inadequada execução dos exercícios abdominais predispõe ao surgimento da pubalgia, pois os atletas realizam
demais esses exercícios e não realizam o alongamento da musculatura adutora da coxa, em decorrência disso, a pelve acaba sofrendo uma anteroversão e um tracionamento para cima, causando pequenos estiramentos na origem dos adutores, levando à um desequilíbrio
muscular da cintura pélvica, o qual provoca dor e inflamação da sínfise púbica, caracterizando a pubalgia.
Pelo que foi exposto, fica claro que a pubalgia não ocorre apenas por fraqueza de algum músculo da região da sínfise púbica, mas por um conjunto de desequilíbrios de forças musculares que encontramos em nossos atletas após detalhada avaliação das cadeias musculares. Sendo essa patologia tão incapacitante, devemos preveni-la orientando os atletas a realizarem um programa de alongamentos específicos da musculatura da região pélvica,
principalmente dos adutores da coxa, isquiotibiais e flexores do quadril, não esquecendo da correta realização dos exercícios abdominais, assim o atleta mantém um adequado equilíbrio dinâmico do quadril.

REFERÊNCIAS
ÁLVAREZ, Juan José Ramos. Pubialgia: un enfoque multidisciplinar. Disponível em:
www.periodismodeportivo.com.ar/periodismo/2002/catri1ro/26abril/lesiones.htm. Acesso
em: 19 maio 2003.
ANDREWS, S. K.; CAREK, P. J. Osteitis pubis: a diagnosis for the the family physician.
Americam Broad of Family Practice, v. 11, n. 4, p. 291-295, jul./ago. 1998.
BUSQUET, Leopold. A pubalgia. Lisboa : Europress, 1985.
CANAVAN, Paul K. Reabilitação em medicina esportiva: um guia abrangente. São Paulo:
Manole, 2001.
CASTROPIL, w. Pubialgia. Disponível em: http://www.judobrasil.com.br/med1-htm. Acesso
em: 19 maio 2003.
CIPRIANO, Joseph J.; JAHN, Warren T. Manual fotográfico de testes ortopédicos e
neurológicos. 3. ed. São Paulo: Manole, 1999.
HOLT, Mark A , et al. Treatment of osteitis pubis in athletes: results of corticosteroid
injections. The Americam Journal of Sports Medicine, v. 32, n. 5, p. 601-606, 1995.
IDE, Maiza Ritomy; CAROMANO, Fátima Aparecida. Pubalgia: causas e possibilidades
terapêutica. Revista Fisioterapia Brasil, Atlântica, v. 3, n. 6, p. 403-414, nov./dez. 2002.
LASMAR, Neylor P.; LASMAR, Rodrigo C. P.; CAMANHO, Gilberto L.. Medicina do
esporte. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
MELLION, Morris B. Segredos em medicina desportiva. Porto Alegre : Artes médicas,
1997.
MOORE, Richard S.; STOVER, Michael D.; MATTA, Joel M. Late posterior instability of
the pelvis after resection of the symphysis pubis for the treatment of osteitis pubis: a report of
two cases. The journal of Bone and Surgery, v. 80-A, n. 7, p. 1043-1048, jul. 1998.
OLIVEIRA, Marcos de Vila. As causas da osteíte púbica em jogadores de futebol. 2002.
Monografia (Graduação em Fisioterapia), Universidade do Extremo Sul Catarinense,
Criciúma.
WILLIANS, Paul R., THOMAS, Daniel P.; DOWNES, Edward M. Osteitis pubis and
instability of the pubic symphysis: whwn nonoperative measures fail. The Americam
Journal of Sports Medicine, v. 28, n. 3, p. 350-355, 2000.