Atletas de fim de semana.
Exercício físico esporádico, intenso e no calor pode ser um gatilho para que se manifestem doenças cardiovasculares silenciosas. Quando sobra um tempo livre, seja em um fim de semana, seja em um feriado, o que não faltam são pessoas correndo para compensar a falta de atividades em dias normais. Antes de iniciar um exercício, o ideal é que indivíduos acima de 35 anos passem pelo menos por uma avaliação e um eletrocardiograma, mesmo que não sintam nada. É importante investigar, por exemplo, o histórico familiar. Alguém cujo pais ou avos enfartou aos 50 a 60 anos, tem sobrepeso, diabetes ou hipertensão deve ficar atento. Estar dentro do peso não garante tranqüilidade: pessoas magras também podem ter problemas. Por isso, a recomendação é fazer o teste ergométrico, que dá resultado falso negativo em apenas 2% dos casos. E o exame clínico deve ser realizado para complementá-lo. A frequência cardíaca máxima é resultado do número 220 SUBTRAÍDO PELA IDADE (220-id) do paciente. Na atividade física, o correto é que se atinja até 85% desse número. Mas, muitas vezes, quem exagera sem ter preparo para isso chega à frequência máxima mesmo com um exercício leve. Doenças cardíacas As doenças cardíacas são as principais responsáveis pelas mortes súbitas na prática esportiva. Para evitar o pior, o ideal é fazer um check-up regularmente. Aqueles que já começaram a praticar exercícios devem prestar atenção a qualquer dor ou desconforto que aparecer durante a atividade, principalmente na região do tórax, pois esses sintomas podem indicar problemas cardíacos. Segundo o chefe da seção de Cardiologia do Esporte do Instituto Dante Pazzanese, Nabil Ghorayeb, estima-se que 90% dos casos de morte súbita no esporte entre pessoas com mais de 35 anos em todo o mundo sejam causados por aterosclerose (depósito de gordura que entope as artérias coronarianas). A doença, que geralmente não apresenta sintomas, pode levar ao infarto agudo do miocárdio. Entre os jovens, a cardiomiopatia hipertrófica (crescimento do músculo cardíaco causado por uma anomalia genética), muitas vezes também assintomática, é responsável por 56% das mortes. A incidência de óbitos na atividade física, no entanto, é muito pequena, o que comprova que os exercícios, BEM ORIENTADOS e realizados de acordo com os limites de cada um, trazem mais resultados bons do que ruins. Um estudo americano divulgado em 2000 verificou uma taxa de mortalidade extremamente baixa: uma morte por 2,6 milhões de horas de atividades em academias. A vítimas eram principalmente homens de meia-idade, com histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco (como obesidade e fumo), e praticantes de exercícios esporádicos. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário