quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nova lei exige atestado médico semestral para frequentar academia

E o não cumprimento da lei pode levar à multa e fechamento do estabelecimento
5 de junho de 2012 Nova lei exige atestado médico semestral para frequentar academia

Desde maio, alunos de academias da cidade de São Paulo têm que se submeter a exames médicos semestrais, de acordo com a lei 11.383/1993, sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab.

"Acho a medida um exagero que pode incentivar a busca por atestados comprados ou por consultas burocráticas só para cumprir tabela", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que defende os exames anuais. "A não ser em casos específicos, a avaliação anual é suficiente."

As academias terão que manter os atestados médicos anexados às fichas dos alunos. O documento deve autorizar a prática de exercícios específicos, além de expor qualquer restrição física.

E o não cumprimento da lei pode levar à multa e fechamento do estabelecimento, segundo a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), responsável pela fiscalização.

Para o cirurgião especializado em medicina esportiva Liaw Chao, ser avaliado a cada seis meses é benéfico: "A academia serve como porta de entrada para o consultório, convencendo pacientes relapsos, sobretudo homens, a se cuidarem melhor".

Ao voltar para a ginástica depois de quatro anos parado, o empresário Ian Walace, 44, surpreendeu-se com a quantidade de testes que precisou fazer: "Antes era mais simples, só uma corridinha na esteira, uma medição de pulso. Achei melhor agora, passa confiança", diz.

Mas não ficou animado quando descobriu que logo terá que repetir os exames posturais, cardíacos e neuromotores: "Achei exagerado, meu estado de saúde não vai mudar em um semestre".

Preocupadas com a evasão de alunos por conta do aumento dos exames, academias como a Bodytech e a K2 colocaram médicos de plantão em suas unidades.

"Facilita a vida do aluno e garante que os exames sejam úteis tanto para a parte médica quanto para avaliar o desempenho", afirma Daniel Gusmão, coordenador da rede de academias K2.

A facilidade tem seu preço. Nas unidades da K2, o aluno paga R$ 75 para fazer a avaliação médica. Se quiser fazer também a avaliação física, desembolsa mais R$ 150.

Na Bodytech, um "checkup fitness" que inclui testes médicos e físicos custa R$ 420.

MENOR DE IDADE
A nova lei obriga ainda que menores de 18 anos apresentem uma autorização dos pais ou responsáveis para frequentar a academia. Segundo o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital Sírio Libanês, ter que assinar o documento pode conscientizar os pais da importância de avaliar a atividade dos filhos.


Para o médico, o excesso de exercícios pode causar tendinite e comprometer as cartilagens. "Acho temerário um adolescente passar mais de uma hora na academia mais de três vezes por semana." A intensidade do exercício precisa ser controlada de acordo com o nível de crescimento. Musculação, só depois dos 16 para as meninas e dos 18 para os meninos.
Fonte: folha.uol.com.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Influência do alongamento dos músculos


Influência do alongamento dos músculos isquiostibial e retofemoral no pico de torque e potência máxima do joelho

Influence of stretching hamstring and quadriceps femoral muscles on knee

peak torque and maximum power

Gabriel Peixoto Leão Almeida1, Kysia Karine Almeida Carneiro1,

Heleno Carneiro Rolim de Morais2, Júlia Barreto Bastos de Oliveira3

Estudo desenvolvido no Depto.de Fisioterapia da Unifor –Universidade de Fortaleza,Fortaleza, CE, Brasil1 Fisioterapeutas2 Fisioterapeuta Especialista;

Prof. do Programa deDinamometria Isocinética doDepto. de Fisioterapia daUnifor3 Fisioterapeuta; Profa. Ms. doDepto. de Fisioterapia daUnifor

ENDEREÇO PARACORRESPONDÊNCIAGabriel P. L. AlmeidaR. Onofre Sampaio Cavalcante38160834-450 Fortaleza CEe-mail:gabriel_alm@hotmail.comAPRESENTAÇÃOjul. 2009ACEITO PARA PUBLICAÇÃO

out. 2009 RESUMO:

O alongamento muscular é utilizado nas práticas desportivas para aumentar

a flexibilidade muscular e amplitude articular, mas estudos mostram que pode

produzir efeitos deletérios na produção de força muscular. A proposta deste estudo

foi verificar a influência imediata e tardia do alongamento dos músculos

isquiostibiais e retofemoral, por meio da facilitação neuromuscular proprioceptiva

(FNP), no pico de torque e potência máxima do joelho. Quinze jovens sedentárias

foram distribuídas em três grupos: GA, submetidas a 12 sessões de alongamento

durante quatro semanas; GB, a apenas uma sessão de alongamento imediatamente

antes da avaliação final; e GC, à mobilização articular passiva do joelho, de forma

a não alongar. Todas as participantes foram avaliadas quanto à amplitude de

movimento (ADM) de flexão e extensão do joelho, e à dinamometria isocinética,

antes e após a intervenção, mensurando-se ADM, pico de torque (PT) e potência

máxima (PM) do joelho. Observou-se diferença entre as médias dos três grupos na

ADM após a intervenção (p<0,001), mas não nas variáveis isocinéticas (p>0,05).

Os grupos GA e GB apresentaram melhoras na ADM e apenas o grupo GC

apresentou melhora significativa em todas as variáveis isocinéticas (p<0,05). Os

resultados sugerem que o alongamento com FNP, com duração e intensidade

adequados, pode ser utilizado antes da prática esportiva sem decréscimo na

produção de força.

DESCRITORES: Amplitude de movimento articular; Exercícios de alongamento

muscular; Força muscular; Joelho; Torque, etc.