quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ginástica natural também é usada como fisioterapia


Treinamento funcional usado por atletas de MMA combina qualidade de vida e condicionamento físico.

A prática de exercícios funcionais tem atraído adeptos em todo o mundo, tanto profissionais quanto amadores. Afinal, sem o uso de equipamentos, tendo de lidar com o peso e a força do próprio corpo, o atleta se sente desafiado a superar seus limites e a fortalecer corpo e mente. Um dos métodos mais populares em todo o mundo e que costuma usar movimentos orgânicos que lembram aqueles feitos pelos animais, a ginástica natural proporciona condicionamento físico, qualidade de vida e saúde, por usar a constante movimentação para desenvolver força, potência, resistência, mobilidade, equilíbrio, flexibilidade, coordenação, perda de peso, tônus muscular, qualidade de vida, entre outros benefícios físicos.

O princípio da ginástica natural
Desenvolvida na década de 1980 pelo profissional de Educação Física Alvaro Romano, a ginástica natural usa ainda técnicas de respiração, proporcionando assim maior concentração e controles motor e mental, sendo praticado por quem deseja a integração de corpo e mente. Além disso, o método de Romano conquistou adeptos em diversos países e é aplicada além do universo fitness.

“Cresci no Rio de Janeiro (RJ), praticando surfe, futebol de areia e, depois, jiu-jitsu. Nadava em mar aberto e todas as minhas atividades eram ao ar livre. Quando entrei na universidade, em 1977, para cursar Educação Física, passei a trabalhar com os atletas em espaços abertos, com exercícios que usam o peso do próprio corpo. Pratiquei yoga, kempo e desenvolvi a ginástica natural como conceito, com toda a minha vivência prática para, depois, criar a técnica metodológica”, conta Romano, que praticou o treinamento por conta própria, aperfeiçoando os movimentos até encontrar aqueles que hoje são transmitidos aos alunos.

Por proporcionar qualidade de vida e melhorias na saúde, a ginástica natural se tornou “um componente do meu método de treinamento, porque ao longo dos anos desenvolvi trabalhos para atletas e esse processo traz benefícios em diversas áreas quando aplicado no movimento humano, desde aprimoramento da performance por meio de suas técnicas, quanto a concentração por meio da respiração correta”, explica Romano, que atualmente vive nos Estados Unidos.

A ginástica natural e seus movimentos orgânicos
A ginástica natural não encontra restrição de sexo e idade. Dessa forma, pode ser prescrita tanto para o público infantil, quanto para a terceira idade, sempre adequando os movimentos às necessidades de cada público. O uso de movimentos lúdicos, que imitam aqueles feitos por animais como canguru, sapo, tigre, golfinho etc, só são usados nos programas com crianças, segundo Romano, que explica: “não copiamos os movimentos. Montamos jogos e muitos exercícios. Uso o nome de animais apenas para ilustrar”.

Atletas de alto nível de modalidades variadas, como MMA e surfe, também costumam usar as técnicas da ginástica natural no aquecimento e nos dias de competições. “Aqui nos Estados Unidos também treino agentes do FBI e da Swatt”, conta Romano, que também é autor do livro “Ginástica Natural”, mostrando como a atividade pode ser usada por públicos diversificados, já que propicia controle e força de corpo e mente.

Ginástica natural ajuda em casos de lesões ou pós-operatórios
Por trabalhar força e flexibilidade, a ginástica natural tem mostrado muito sucesso no Brasil e no exterior ao ser usada em conjunto com a fisioterapia para ajudar na recuperação dos movimentos. Mas o profissional de Educação Física deve também ficar atento: no caso de lesões ou pós-operatório, o criador da técnica alerta que casos especiais devem ser analisados sempre em conjunto com os médicos, mas “para qualquer atividade física, a pessoa precisa estar saudável para praticá-la”.

Gestantes, idosos, obesos e portadores de problemas posturais podem praticar a ginástica natural, mas “precisam de trabalhos diferenciados, como em qualquer atividade física”.

Como aplicar a ginástica natural no dia a dia
Assim como qualquer outro treinamento, o uso do método pode ser periodizado e não há restrição quanto ao local de prática: praia, praça, parque e também ambientes fechados, como condomínios, estúdios e academias podem ser usados para a ginástica natural.

“Introduzi a ginástica natural em vários países. É um método brasileiro que está nas principais convenções e eventos de fitness e lutas, por ter qualidade de vida e saúde”, destaca Alvaro Romano. Para os profissionais de Educação Física interessados em sua prática, fica o aviso: há cursos de certificações para ministrar as aulas, realizados com a equipe de Romano. sitewww.ginasticanatural.com.br.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ortopedista condena o uso do aparelho devido aos riscos

Durante o verão as academias ficam lotadas de homens e mulheres em busca de um corpo perfeito. Porém, o que muita gente não sabe é que um dos exercícios mais praticados para deixar as pernas bonitas e definidas, o leg press, pode causar sérias lesões no quadril. O alerta é feito pelo ortopedista da Santa Casa de São Paulo, Giancarlo Polesello.
O leg press é um exercício no qual a pessoa se senta sobre um aparelho e usa as pernas para empurrar uma carga. Muitas vezes a flexão das pernas é feita de forma exagerada: o peso volta demais e o joelho chega bem próximo ao tórax. O especialista explica que esse movimento machuca internamente o quadril e a maioria das pessoas só percebe os efeitos quando começa a sentir dores. "Depois que a lesão aconteceu é difícil conseguir tratá-la apenas com fisioterapia. Em muitos casos é necessário passar por cirurgia", explica Polesello.

O ortopedista também ressalta que o exercício é perigoso mesmo quando executado de forma correta. "O leg press deveria ser abolido das academias. Muita gente não faz idéia de que esse exercício é prejudicial, pois são estimuladas a fazê-lo nas academias".
Segundo o especialista, diante das primeiras dores o aluno deve suspender a atividade física e procurar um ortopedista. O tratamento varia de acordo com o quadro do paciente e pode ser feito por meio de medicamentos, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgia.
www.minhavida.com.br 

sábado, 7 de julho de 2012

Auxiliar de fisioterapia: pode ou não pode?

Ainda há cursos para Auxiliar de Fisioterapia... Portanto, o Auxiliar de Fisioterapia ainda existe???  26 de junho de 2012 
Primeiramente cabe esclarecer que a atividade do fisioterapeuta possui certas peculiaridades, principalmente no que tange ao exercício profissional. O Decreto Lei 938 de 13 de Outubro de 1969, que provê as profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá outras providências apresenta a seguinte redação:

Art. 3º. É atividade privativa do fisioterapeuta é executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente.

Da análise do artigo acima transcrito, conclui-se que a atividade da fisioterapia é privativa do profissional legalmente habilitado para exercê-la. Também deve ser levado em consideração que a atividade do fisioterapeuta é indelegável, ou seja, nenhuma de suas atribuições poderá ser transferida para uma terceira pessoa não habilitada e legalmente inscrita no respectivo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Assim, de acordo com a legislação profissional hoje em vigor, é absolutamente vedada a prática de atribuições ligadas à fisioterapia e terapia ocupacional por qualquer pessoa que não possua, no mínimo, curso superior, sendo absolutamente irrelevante qualquer tempo de prática do desempenho de atividade semelhante. De se referir, ainda, que não há previsão para outras profissões que não as de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional.

Ademais, para que não reste dúvida sobre as atribuições do Fisioterapeuta, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) – órgão encarregado de fiscalizar e normatizar a profissão – criou, com o respaldo do artigo. 5°, II, da Lei n° 6.316/75, resoluções, as quais, têm por escopo explicitar os limites legais já definidos pelo Decreto-lei n° 938/69 para o exercício da profissão. Assim, está redigida a Resolução n° 08, de 20 de fevereiro de 1978, que em diversos artigos prescreve o seguinte:

Art. 2º. Constituem atos privativos do fisioterapeuta prescrever, ministrar e supervisionar terapia física, que objetive preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função do corpo humano,por meio de:
I – ação, isolada ou concomitante, de agente termoterápico ou crioterápico, hidroterápico, aeroterápico, fototerápico, eloetroterápico ou sonidoterápico, determinando:(…).
II – utilização, com o emprego ou não de aparelho, de exercício respiratório, cárdio-respiratório, cárdio-vascular, de educação ou reeducação neuro-muscular, de regeneração muscular, de relaxamento muscular, de locomoção, de regeneração osteo-articular, de correção de vício postural, de adaptação ao uso de ortese ou prótese e de adaptação dos meios e materiais disponíveis, pessoais ou ambientais, para o desempenho físico do cliente, determinando: (…).

Art. 7º. Constituem condições indispensáveis para o exercício das profissões de fisioterapeuta e de terapeuta ocupacional:
I – formação profissional de nível superior em curso oficial ou reconhecido, de instituição de ensino autorizada nos termos da lei; e
II – vinculação, pela inscrição ou pela franquia profissional de que tratam os artigos 12 e 18, ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) com jurisdição na área do exercício da atividade profissional.

Fora das condições acima, portanto, há violação na legislação que regulamenta a profissão de Fisioterapeuta. Diga-se, ainda, que o próprio Decreto-lei que regulamentou a profissão serve como paradigma da medida do interesse público envolvido na prestação do serviço desempenhada pelos profissionais congregados pelo CREFITO – 5. De fato, tais atividades exigem a respectiva titulação para o seu exercício.

Assim, ante a análise de todos os fatos acima expostos, não há previsão legal para o exercício do técnico ou auxiliar de fisioterapia. Cumpre ponderar que essa impossibilidade do exercício da atividade de fisioterapia por técnico de nível médio decorre da necessária atuação terapêutica do profissional ocorrer diretamente. Portanto, a fisioterapia e a terapia ocupacional têm por instrumento terapêutico o próprio terapeuta, por isso inviável a atuação por interposta pessoa, sob pena de resultar lesão à saúde pública pela falta de habilitação profissional.

Não sendo admitida a atuação do auxiliar e, se esta, por ventura, venha a ocorrer, indubitavelmente entraremos no campo do exercício irregular da profissão. A lei 6.316 de 17 de setembro de 1975, ao mencionar as infrações e penalidades, é taxativa ao referir que:

Art. 16. Constitui infração disciplinar:(…).

II – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar por qualquer meio, o seu exercício aos não registrados ou leigos.(…).

Portanto, podem sofrer penas disciplinares por exercício irregular da profissão aqueles que exercem a atividade sem estar habilitados para tanto. Também podem sofrer punições os profissionais, consultórios e clínicas que sejam coniventes com a atuação do auxiliar de fisioterapia.

Por oportuno, expresso meus votos de estima e consideração, reiterando disponibilidade para novas consultas.

Alexandre Mello OAB/RS nº 43.038 Assessor Jurídico do CREFITO-5 Fonte: fisioterapia.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nova lei exige atestado médico semestral para frequentar academia

E o não cumprimento da lei pode levar à multa e fechamento do estabelecimento
5 de junho de 2012 Nova lei exige atestado médico semestral para frequentar academia

Desde maio, alunos de academias da cidade de São Paulo têm que se submeter a exames médicos semestrais, de acordo com a lei 11.383/1993, sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab.

"Acho a medida um exagero que pode incentivar a busca por atestados comprados ou por consultas burocráticas só para cumprir tabela", diz o fisiologista Turíbio Leite de Barros, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que defende os exames anuais. "A não ser em casos específicos, a avaliação anual é suficiente."

As academias terão que manter os atestados médicos anexados às fichas dos alunos. O documento deve autorizar a prática de exercícios específicos, além de expor qualquer restrição física.

E o não cumprimento da lei pode levar à multa e fechamento do estabelecimento, segundo a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde), responsável pela fiscalização.

Para o cirurgião especializado em medicina esportiva Liaw Chao, ser avaliado a cada seis meses é benéfico: "A academia serve como porta de entrada para o consultório, convencendo pacientes relapsos, sobretudo homens, a se cuidarem melhor".

Ao voltar para a ginástica depois de quatro anos parado, o empresário Ian Walace, 44, surpreendeu-se com a quantidade de testes que precisou fazer: "Antes era mais simples, só uma corridinha na esteira, uma medição de pulso. Achei melhor agora, passa confiança", diz.

Mas não ficou animado quando descobriu que logo terá que repetir os exames posturais, cardíacos e neuromotores: "Achei exagerado, meu estado de saúde não vai mudar em um semestre".

Preocupadas com a evasão de alunos por conta do aumento dos exames, academias como a Bodytech e a K2 colocaram médicos de plantão em suas unidades.

"Facilita a vida do aluno e garante que os exames sejam úteis tanto para a parte médica quanto para avaliar o desempenho", afirma Daniel Gusmão, coordenador da rede de academias K2.

A facilidade tem seu preço. Nas unidades da K2, o aluno paga R$ 75 para fazer a avaliação médica. Se quiser fazer também a avaliação física, desembolsa mais R$ 150.

Na Bodytech, um "checkup fitness" que inclui testes médicos e físicos custa R$ 420.

MENOR DE IDADE
A nova lei obriga ainda que menores de 18 anos apresentem uma autorização dos pais ou responsáveis para frequentar a academia. Segundo o hebiatra Maurício de Souza Lima, do Hospital Sírio Libanês, ter que assinar o documento pode conscientizar os pais da importância de avaliar a atividade dos filhos.


Para o médico, o excesso de exercícios pode causar tendinite e comprometer as cartilagens. "Acho temerário um adolescente passar mais de uma hora na academia mais de três vezes por semana." A intensidade do exercício precisa ser controlada de acordo com o nível de crescimento. Musculação, só depois dos 16 para as meninas e dos 18 para os meninos.
Fonte: folha.uol.com.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Influência do alongamento dos músculos


Influência do alongamento dos músculos isquiostibial e retofemoral no pico de torque e potência máxima do joelho

Influence of stretching hamstring and quadriceps femoral muscles on knee

peak torque and maximum power

Gabriel Peixoto Leão Almeida1, Kysia Karine Almeida Carneiro1,

Heleno Carneiro Rolim de Morais2, Júlia Barreto Bastos de Oliveira3

Estudo desenvolvido no Depto.de Fisioterapia da Unifor –Universidade de Fortaleza,Fortaleza, CE, Brasil1 Fisioterapeutas2 Fisioterapeuta Especialista;

Prof. do Programa deDinamometria Isocinética doDepto. de Fisioterapia daUnifor3 Fisioterapeuta; Profa. Ms. doDepto. de Fisioterapia daUnifor

ENDEREÇO PARACORRESPONDÊNCIAGabriel P. L. AlmeidaR. Onofre Sampaio Cavalcante38160834-450 Fortaleza CEe-mail:gabriel_alm@hotmail.comAPRESENTAÇÃOjul. 2009ACEITO PARA PUBLICAÇÃO

out. 2009 RESUMO:

O alongamento muscular é utilizado nas práticas desportivas para aumentar

a flexibilidade muscular e amplitude articular, mas estudos mostram que pode

produzir efeitos deletérios na produção de força muscular. A proposta deste estudo

foi verificar a influência imediata e tardia do alongamento dos músculos

isquiostibiais e retofemoral, por meio da facilitação neuromuscular proprioceptiva

(FNP), no pico de torque e potência máxima do joelho. Quinze jovens sedentárias

foram distribuídas em três grupos: GA, submetidas a 12 sessões de alongamento

durante quatro semanas; GB, a apenas uma sessão de alongamento imediatamente

antes da avaliação final; e GC, à mobilização articular passiva do joelho, de forma

a não alongar. Todas as participantes foram avaliadas quanto à amplitude de

movimento (ADM) de flexão e extensão do joelho, e à dinamometria isocinética,

antes e após a intervenção, mensurando-se ADM, pico de torque (PT) e potência

máxima (PM) do joelho. Observou-se diferença entre as médias dos três grupos na

ADM após a intervenção (p<0,001), mas não nas variáveis isocinéticas (p>0,05).

Os grupos GA e GB apresentaram melhoras na ADM e apenas o grupo GC

apresentou melhora significativa em todas as variáveis isocinéticas (p<0,05). Os

resultados sugerem que o alongamento com FNP, com duração e intensidade

adequados, pode ser utilizado antes da prática esportiva sem decréscimo na

produção de força.

DESCRITORES: Amplitude de movimento articular; Exercícios de alongamento

muscular; Força muscular; Joelho; Torque, etc.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

24 alimentos que ajudam a hidratar o corpo

É importante ter em mente que somente 10% da necessidade diária de líquido pode vir dos alimentos. Já é certo que tomar água faz parte da lista de prioridades para manter o corpo em perfeito funcionamento, já que 70% do organismo são compostos dela. No entanto, o que muitos não sabem é que os alimentos podem ser bons aliados nesta tarefa.
A melancia, por exemplo, possui 92% de água, a abóbora cozida, 86,4%, e agrião cru, 93,9% e assim por diante. "A água é insubstituível, porém ingerir alimentos que contenham grande quantidade dela em sua composição, como melancia e melão, ajuda a equilibrar a hidratação do organismo", afirma a nutricionista Gabriella Pereira da academia SettCoaching.

Para que não haja confusão e as pessoas deixem de beber água, a nutricionista Evelyn Conti, do Spa Sorocaba, avisa que somente 10% do total do líquido pode ser substituído pelos alimentos.

Os crus oferecem grande quantidade de água. Além disso, possuem fibras, que somadas à água, tornam-se uma excelente combinação para auxiliar na queima de gordura, aceleração do intestino e manutenção de um metabolismo saudável. De acordo com a nutricionista funcional Camila Borduqui, da Clínica de Estética Dr. Alan Landecker, os grãos aumentam a quantidade de água após o cozimento. "Cerca de 100 g de feijão carioca cru, por exemplo, contém 14% de água. Após o cozimento, a mesma quantidade possui para 82,3%", afirmou a especialista.
A seguir veja uma lista de 24 alimentos e suas respectivas quantidades de água,de acordo com as especialistas entrevistadas.
Abacate cru - 83,8% de água, lipídeos, carboidratos, fibras, cálcio magnésio, manganês, fósforo, potássio, cobre, zinco, riboflavina e vitamina C.
Açaí polpa congelada - 88,7% de água, lipídeos, carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, manganês, fosforo, potássio, cobre, zinco, riboflavina e piridoxina.
Arroz integral cozido - Esse alimento possui cerca de 70,1% de água, além de conter carboidratos, fibras (que ajudam a saciar a fome e colaboram no funcionamento do intestino), fósforo, potássio, manganês, cobre, zinco, tiamina e piridoxina.
Abóbora cozida - Possui em sua composição 86,4% de água. O legume na versão cozida é rico em potássio (que ajuda no batimento cardíaco e no bom funcionamento dos músculos), fósforo e fibras.
Abobrinha italiana - Tem 93,9% de água em sua composição, além de possuir fósforo e potássio.
Acerola crua - A fruta possui 90,5% de água, carotenoides (são os precursores da vitamina A que, entre outras funções, atuam diretamente na respiração celular e sintetiza pigmentos da retina), ccarboidratos, fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, cobre, zinco, riboflavina, niacina e vitamina C.
Agrião cru - Tem também grande quantidade de água, cerca de 93,9%. Contém cálcio, que ajuda no fortalecimento dos ossos, potássio, vitamina C e fósforo.
Banana-prata - Além de deliciosa, possui 71,9% de água, carboidratos, fibras, magnésio, manganês, fósforo, potássio, cobre, zinco, riboflavina, piridoxina e vitamina C.
Batata inglesa cozida - Possui em sua composição 86,4% de água, além de carboidratos (que colaboram para fornecer energia ao organismo), fósforo e potássio.
Brócolis cozido - A verdura na sua versão cozida possui 92,6% de água, além de fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio e vitamina C.
Cenoura crua - O legume possui 90,1% de água em sua composição, além de carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, fósforo e potássio.
Couve manteiga crua - Tem 90,9% de água, além de fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, niacina e vitamina C.
Couve-flor cozida - 94,3% de água, fibras, fósforo, potássio e vitamina C.
Espinafre cru - Possui 94% de água em sua composição, além de proteínas, carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, manganês, fósforo, ferro, sódio, potássio, cobre, zinco, carotenoides, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina C.
Feijão carioca cozido - Tem 80,4% de água e mais proteínas, carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, manganês, fósforo, ferro, sódio, potássio, cobre, zinco, tiamina, piridoxina e niacina.
Filé de peixe abadejo grelhado - O peixe, além de saudável e mais leve que a carne vermelha, possui 71% de água, além de proteína, cálcio, magnésio, fósforo, sódio, potássio, zinco, retinol e tiamina.
Kiwi - Tem 84% de água em sua composição, além de vitaminas C, E, B6, niacina, potássio, zero de colesterol e efeitos antiinflamatórios, antioxidantes e anticancerígenos.
Laranja-pera - A fruta possui 89,6% de água, carboidratos, cálcio, magnésio, manganês, fosforo, potássio, cobre, zinco, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina C (boa para ajudar a combater a gripe).
Manga crua - A saborosa fruta possui 82,3% de água, além de carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, manganês, fósforo, potássio, cobre, zinco, carotenoides, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina C.
Melancia - Da mesma família do melão, é uma fruta que possui 92% de água. Além de refrescante e doce, possui, entre vários nutrientes, o licopeno e glutationa, responsáveis por proteger o organismo contra a oxidação celular.
Mexerica morgote - Tem 83,7% de água e mais carboidratos, fibras, cálcio, magnésio, manganês (ajuda a desacelerar o envelhecimento), fósforo, potássio, cobre, zinco, timina, riboflavina, piridoxina e vitamina C.
Pepino cru - Possui 96,8% de água, além de fósforo e potássio.
Pimentão amarelo cru - Tem 91,9% de água, fibras, cálcio, magnésio, fósforo, potássio, vitamina C, cobre, zinco, tiamina, riboflavina, piridoxina e carotenoides.
Tomate cru com semente - Contém 95,1% de água, além de fibras, magnésio, manganês, fósforo, potássio, cobre, zinco, tiamina, piridoxina, vitamina C e carotenoides. Ainda é rico em licopeno, que ajuda a combater os radicais livres do organismo.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Estudo mostra que atividade física faz "faxina" dentro das células

  Sabe-se, há muito tempo, que as células acumulam resíduos do desgaste da vida cotidiana e os exercícios físicos tem a capacidade de acelerar a remoção desses resíduos e reciclam os componentes aproveitáveis das células do corpo

Ao destacar os benefícios da atividade física, poucos de nós incluiriam a "faxina" intracelular. Contudo, um novo estudo sugere que a capacidade dos exercícios físicos de acelerar a remoção de resíduos e reciclagem dos componentes aproveitáveis das células do corpo pode ser um de seus efeitos mais importantes, ainda que o menos visível.

Na nova pesquisa, publicada mês passado na revista Nature, cientistas do Centro Médico do Sudoeste na Universidade do Texas, em Dallas, uniram dois grupos de camundongos. Um era normal, possuindo um sistema de limpeza celular apurado. O outro tinha sido reproduzido com sistemas de eliminação de resíduos enfraquecidos.

Sabe-se, há muito tempo, que as células acumulam resíduos do desgaste da vida cotidiana. Dentro da célula há uma espécie de amontoado de dejetos formado de proteínas quebradas, fragmentos de membranas celulares, bactérias ou vírus invasores e componentes celulares gastos ou decompostos.

Na maioria das vezes, as células eliminam esses dejetos. Elas até os reciclam para obter energia. Através do processo de autofagia, ou autodigestão, as células criam membranas especializadas que ingerem os dejetos presentes no citoplasma e os levam para uma região da célula denominada lisossomo, onde os resíduos são quebrados e queimados para obtenção de energia.

Sem esse sistema eficaz, as células poderiam ficar sufocadas e não funcionar bem ou morrer. Nos últimos anos, alguns cientistas começaram a suspeitar que mecanismos
de autofagia falhos contribuíssem para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo diabetes, distrofia muscular, mal de Alzheimer e câncer. Acredita-se que a desaceleração da autofagia na meia-idade também exerça um papel no envelhecimento.

Autofagia
A maioria dos pesquisadores acredita que o desenvolvimento do processo foi uma reação ao estresse da inanição: a célula passaria a reunir e consumir partes supérfluas de si própria para manter vivas as partes importantes. Em placas de Petri, a taxa de autofagia aumenta quando as células estão famintas ou são colocadas sob outra forma de estresse fisiológico.

O exercício físico certamente consiste em um estresse fisiológico. Contudo, até recentemente, poucos pesquisadores haviam indagado se o exercício físico poderia de alguma forma afetar a taxa de autofagia e, caso afetasse, se isso seria importante para o corpo de modo geral.

"A autofagia afeta o metabolismo e possui benefícios abrangentes para o corpo relacionados à saúde", afirmou Beth Levine, pesquisadora do Instituto Médico Howard Hughes no Centro Médico do Sudoeste. "Parecia haver consideráveis elementos em comum." Porém, não estava claro como os dois interagiram, acrescentou Levine.

Assim, ela e seus colegas colocaram em ação camundongos de laboratório. Os animais haviam passado por um tratamento para que as membranas envolvidas na autofagia brilhassem, revelando-se. Após 30 minutos apenas, os cientistas descobriram que os camundongos tinham uma quantidade significativamente maior de membranas nas células do corpo todo, o que indicava uma autofagia acelerada.

Contudo, essa descoberta não explicava o significado do aumento da limpeza celular para o bem-estar dos camundongos. Por isso, os pesquisadores desenvolveram uma linhagem de camundongos cujos níveis de autofagia permaneciam constantes mesmo se eles estivessem famintos ou vigorosamente exercitados.

Em seguida, os pesquisadores fizeram com que esses camundongos corressem lado a lado com um grupo de controle de camundongos normais. Os camundongos resistentes à autofagia ficaram exaustos rapidamente. Seus músculos pareciam incapazes de retirar açúcar do sangue como faziam os camundongos normais.

Importância de manter-se ativo
A maior surpresa ocorreu quando Levine empanturrou os dois grupos, durante várias semanas, com ração com alto teor de gordura, até que desenvolvessem um tipo de diabetes de roedores. A corrida reverteu posteriormente a condição de saúde dos camundongos normais, mesmo enquanto continuavam recebendo a dieta rica em gordura.

Contudo, após correrem durante semanas, os camundongos resistentes à autofagia permaneceram diabéticos. Os níveis de colesterol deles também estavam mais altos que os dos outros camundongos. O exercício físico não os tornou mais saudáveis.

Levine e seus colegas concluíram que o aumento da autofagia, induzido pelos exercícios físicos, parece ser uma etapa decisiva na melhora das condições de saúde.

A descoberta é "muito empolgante", afirmou Zhen Yan, do Centro de Pesquisas Musculoesqueléticas da Universidade da Virgínia, que também estuda autofagia e exercícios. Segundo Yan, o estudo "aprimora a nossa compreensão das razões do impacto salutar dos exercícios sobre a saúde".

Os resultados obtidos por Levine têm implicações amplas. Por exemplo, os indivíduos que não reagem aos exercícios aeróbicos com o mesmo vigor que seus companheiros de treino podem ter sistemas de autofagia instáveis ou inadequados.

"É muito difícil estudar a autofagia nos seres humanos", afirmou Levine. Entretanto, medicamentos intensificadores de autofagia ou exercícios especializados algum dia talvez ajudem as pessoas a obterem total proveito dos exercícios físicos.

Até lá, esse estudo salienta mais uma vez a importância de permanecer ativo. Tanto o grupo de controle quanto o grupo geneticamente modificado tinham "níveis antecedentes normais de autofagia" durante as circunstâncias diárias, observou Levine. Contudo, esse nível de base de "limpeza" celular não foi suficiente para protegê-los em face de uma dieta insatisfatória.

"Eu nunca pratiquei exercícios físicos de forma persistente", afirmou Levine. Recentemente, porém, após ter testemunhado a contribuição dos exercícios na "limpeza" das células dos camundongos corredores, a cientista adquiriu uma esteira mecânica .

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cuidado: Pilates: os riscos da prática por profissionais não regulamentados


Fisioterapeutas, educadores físicos, terapeutas ocupacionais e bailarinos são os profissionais que mais ocupam o cargo de professor da modalidade e os mais indicados para função, desde que façam treinamentos específicos.

Bastam 120 horas (divididas em finais de semana), um investimento de R$ 2 mil, uma plaquinha e uma sala de aula para qualquer pessoa virar instrutor de pilates.

Pelas normas atuais, os aparatos descritos acima são o suficiente para ganhar o título de especialista e oferecer exercícios físicos intensos, com potencial de lesões sérias, para idosos, gestantes, crianças e adultos.

O pilates ganhou popularidade no Brasil e os estúdios tomaram conta das cidades. Fisioterapeutas, educadores físicos, terapeutas ocupacionais e bailarinos são os profissionais que mais ocupam o cargo de professor da modalidade e os mais indicados para função, desde que façam treinamentos específicos.

“Mas não há diretrizes que norteiem a formação, como conteúdo programático ou carga-horária”, afirma o coordenador da Associação Brasileira de Pilates (ABP), Eduardo Freitas da Rosa.

“Em consequência disso, existem profissionais sem condições mínimas para atuar ou ministrar cursos sobre o método”, complementa.

“Pilates é um curso livre, não há exigência de diploma não”, respondeu a atendente de uma entidades que oferece capacitação da técnica, após a reportagem do iG Saúde perguntar se poderia participar da próxima turma que forma professores sem ter diploma em nenhuma área.
“São R$ 2 mil reais, pagos em até 10 vezes. O curso tem 120 horas e mais um estágio de 30 horas que você pode fazer na nossa unidade mesmo, com nossos matriculados”, explicou a moça ao telefone.

É verdade que, no contato com outros 8 estúdios que oferecem curso de professor de pilates (três em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, um na Bahia e outro em Florianópolis), só mais um aceitou a não formação prévia em universidades que ensinam noções de anatomia ou fisiologia.

O restante disse que as aulas eram voltadas apenas para fisioterapeutas e professores de educação física. Mas mesmo quem já cumpriu a graduação, pode “se especializar” em “pilates para idosos” ou “pilates para gestantes”, por exemplo, após cumprir apenas 16 horas de treinamento.

“É muito sério isso que está acontecendo”, lamenta a educadora física Cristina Abrami, diretora técnica do CGPA Pilates e uma das profissionais que batalha para a regulamentação da prática e o aumento da fiscalização.
“Hoje, se você colocar uma plaquinha na porta da sua casa oferecendo as aulas, no dia seguinte terá três alunos matriculados. Muitas academias oferecem o método em classes com mais de 10 alunos, sendo que a prática deve ser o mais personalizada possível”, diz.
“Entregamos nosso corpo, a nossa saúde nas mãos de pessoas que podem ter feito apenas um workshop ou visto um DVD sobre pilates”, alerta Cristina Abrami.

Neste contexto de mão de obra não regulamentada e capacitada para as aulas, a agravante é o perfil dos alunos. Nos últimos anos, pesquisas pipocaram enaltecendo o pilates como “remédio” para problemas crônicos, como dores intensas, osteoporose e outras alterações musculares e esqueléticas.

De fato, explica o ortopedista especializado em coluna do Hospital das Clínicas de São Paulo, Raphael Marcon, o método é excelente para a reabilitação e também para o condicionamento físico, com já evidências científicas confirmadas.

Isso indica que quando chegam às aulas, muitos praticantes já estão lesionados, com problemas de saúde e querendo amenizar os sintomas doloridos. O problema é quando o que era para ser remédio acaba como veneno. Segundo Marcon, o que ocorre é o caminho inverso.

“Os pacientes vão para as aulas de pilates para recuperar da dor, mas acabam voltando com mais dor ainda”, afirma o especialista.

O presidente da Sociedade Brasileira de Coluna, Luis Eduardo Munhoz da Rocha, acrescenta que os exercícios de pilates fortalecem a região da lombar, mas podem exigir muito de uma estrutura já comprometida.

“Os discos existentes entre as vértebras podem já estar desgastados devido ao próprio estilo de vida (postura inadequada, genética e até obesidade)”.
“Quando o pilates é ministrado por quem tem conhecimento, o limite individual de cada praticante é mais respeitado. Seja para a reabilitação, seja para o emagrecimento ou para o condicionamento físico.”

domingo, 12 de fevereiro de 2012

COMPLEMENTOS ALIMENTARES

1. DIFICULDADE DE PERDER PESO

O QUE ESTÁ FALTANDO: ácidos graxos essenciais e vitamina.

ONDE OBTER: semente de linhaça, cenoura e salmão - além de suplementos específicos.


2. RETENÇÃO DE LÍQUIDOS

O QUE ESTÁ FALTANDO: na verdade um desequilíbrio entre o potássio, fósforo e sódio.

ONDE OBTER: água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro , semente de linhaça e os suplementos.

3. COMPULSÃO A DOCES

O QUE ESTÁ FALTANDO: cromo.

ONDE OBTER: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura + suplementos...


4. CÂIMBRA, DOR DE CABEÇA

O QUE ESTÁ FALTANDO: potássio e magnésio

ONDE OBTER: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água.

5. DESCONFORTO INTESTINAL, GASES, INCHAÇO ABDOMINAL

O QUE ESTÁ FALTANDO: lactobacilos vivos

ONDE OBTER: coalhada, iogurte, missô, Yakult e similares.


6. MEMÓRIA RUIM

O QUE ESTÁ FALTANDO: acetil colina, inositol.

ONDE OBTER: lecitina de soja, gema de ovo+suplementos.


7. HIPOTIREOIDISMO (PROVOCA GANHO DE PESO SEM CAUSA APARENTE)

O QUE ESTÁ FALTANDO: iodo.

ONDE OBTER: algas marinhas, cenoura, óleo, pêra, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho.



8. CABELOS QUEBRADIÇOS E UNHAS FRACAS

O QUE ESTÁ FALTANDO: colágeno.

ONDE OBTER: peixes, ovos, carnes magras, gelatina + suplementos.


9. FRAQUEZA, INDISPOSIÇÃO, MAL ESTAR

O QUE ESTÁ FALTANDO: vitaminas A, C, e E e ferro.

OBTER: verduras, frutas, carnes magras e suplementos.


10. COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS ALTOS

O QUE ESTÁ FALTANDO: Ômega 3 e 6.

ONDE OBTER: sardinha, salmão, abacate, azeite

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Diabetes

  Glucagon pode ter papel crítico na cura do diabetes tipo 1, especulam cientistas em experimentos com cobaias  
   Pesquisadores americanos, da Vanderbilt University School of Medicine, mostraram em experimentos com ratos que a inativação do glucagon1 pode dispensar as injeções de insulina2 usadas por diabéticos tipo 1 para controle da doença.
  Os pesquisadores fizeram um estudo com o objetivo de verificar se a ação do glucagon1, por ela mesma, causa as consequências letais da deficiência de insulina2 no organismo. Para isso trataram ratos com uma toxina para destruir as células beta das ilhotas3 pancreáticas (produtoras de insulina2), a STZ, em inglês β-cell toxin streptozotocin. O estudo será publicado na edição de fevereiro de 2011 do periódico Diabetes4.
  Os ratos tratados com uma dose de STZ que maximizou a destruição das células beta pancreáticas apresentaram estado normal de saúde e estavam completamente protegidos das manifestações do diabetes4, diferente da esperada hiperglicemia5 que deveria ter aparecido.

  Os autores especulam que a ação da insulina2 durante a absorção da glicose6 está dirigida, em sua maior parte, para superar as ações hepáticas do glucagon1. A insulina2 quase não teria ação em um fígado7 não exposto à ação do glucagon1, porque reagiria de maneira estável ao armazenamento da glicose6.
Fonte: Diabetes4 - Edição de fevereiro de 2011

Exercícios físicos liberam hormônio que ajuda a queimar gordura

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram descoberta que pode dar origem a novos tratamentos contra obesidade
A descoberta de um novo hormônio pode trazer esperanças para pessoas com problemas de excesso de peso e diabetes. A substância tem a capacidade de aumentar o gasto energético e queimar mais gordura corporal durante a prática de exercícios físicos. O novo hormônio recebeu o nome de irisina, em referência à deusa grega Íris, a mensageira de Zeus, o rei dos deuses (os cientistas estão apostando mesmo no potencial do novo hormônio).

O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, liderados pelo cientista Bruce Spielgelman. O artigo, publicado na edição desta semana da revista científica Nature, detectou a presença de irisina no sangue de ratos e homens adultos submetidos a um período de exercícios físicos. Segundo os pesquisadores, a prática de exercícios libera uma série de proteínas. No organismo, uma dessas proteínas é transformada e resulta no novo hormônio. Ele seria o responsável por aumentar o consumo de energia corporal.

Além de benefícios na queima de gordura, a irisina também se mostrou eficaz no controle do nível de glicose (um tipo de açúcar) no sangue. Após receberem uma injeção do novo hormônio, ratos de laboratório obesos e resistentes à produção de insulina, a substância que controla o nível de açúcar no sangue, apresentaram melhoras significativas na tolerância à glicose, e uma pequena perda de peso.

Os resultados demonstram que a irisina é um possível aliado no combate à obesidade e ao diabetes. Ainda não se sabe se um tratamento com o novo hormônio em longo prazo ou em maiores doses levaria à grande perda de peso. Os pesquisadores estimam que, no futuro, pode surgir um remédio a base da irisina. Por enquanto, ainda vale a boa e velha recomendação: pratique exercícios físicos.



terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Bebidas energéticas não são recomendadas durante a atividade física

REPORTAGEM DA REVISTA ELETRONICA (portal da ed. física)

A quantidade de açúcar que as bebidas energéticas oferecem ao organismo é excessiva e podem causar dor no estômago. Por serem carbonatadas, não hidratam o organismo.

Verão é a época do sol, do namoro, das badalações e agitos. É nesta estação de intenso calor que médicos e especialistas chamam a atenção para o consumo excessivo de bebidas, principalmente àquelas misturadas com energéticos.
Segundo o médico cardiologista André Fontes Dias, jovens e adolescentes, costumam procurar ter mais energia para participar da maratona de festas e terminam abusando das bebidas energéticas, o que é perigoso para a saúde, alerta o médico.

Segundo ele, a fórmula de composição desse tipo de bebida contém grande quantidade de componentes que excitam o coração e podem aumentar os batimentos cardíacos.

Geralmente, a fórmula de uma bebida energética é composta de cafeína, ginseng, vitamina B, açúcar e outras ervas. De acordo com o médico, essa composição pode causar problemas cardíaco a longo prazo, fazendo com que o coração trabalhe acima de sua capacidade. Além de prejudicar o coração, os energéticos também podem causar vários problemas como contração muscular, distúrbios do sono e até estresse.
Misturada com o álcool, a bebida causa ainda mais danos. Bebidas energéticas não são recomendadas durante a atividade física. A quantidade de açúcar que elas oferecem ao organismo é excessiva e podem causar dor no estômago. Por serem carbonatadas, não hidratam o organismo, explicou o cardiologista.

Disparo do consumo

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir), o consumo de bebidas energéticas disparou no Brasil nos últimos anos, com um crescimento de 25% só de 2010 para 2011. Se a mistura da bebida com o álcool nas baladas já preocupava os médicos, agora o problema está na associação do produto a estilos de vida saudável.

“Quem abusa desses compostos em busca de pique extra para aguentar uma agenda cheia demais pode colocar a saúde em risco, alerta o médico André Fontes Dias.

Já o médico Fábio de Brito, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) vai mais além e diz que os energéticos são perigosos para a saúde. O energético misturado a um simples comprimido de paracetamol para a dor de cabeça, pode levar a óbito repentino por insuficiência hepática.
E se misturado com outras bebidas alcoólicas tem efeito devastador no organismo atacando vários órgãos vitais como os rins, por exemplo, alerta o especialista. Segundo ele, essa preocupação com o efeito dos energéticos atinge os cardiologistas do mundo inteiro, porque a bebida é também contraindicada para vários grupos populacionais, sob o risco de ocorrências cardiovasculares, gastrite, desidratação e dependência.

O professor de Educação Física, Eduardo Ferreira, em seu doutorado, estudou os efeitos do álcool com energéticos em camundongos.

“Enquanto os camundongos que receberam só álcool ficavam prostrados, os que receberam a combinação ficavam hiperexcitados. “Isso nos leva a crer que o sujeito pode ficar embriagado, mas achando que está bem.

A excitação leva a um erro de julgamento”, diz. Combinar álcool com energéticos se mostrou uma prática comum entre os jovens brasileiros. Em um levantamento feito pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) foi constatado que 74,3% dos 18 mil estudantes ouvidos já experimentaram a mistura.
Portanto, diz Eduardo Ferreira, cuide-se na ingestão dessas bebidas perigosas ao organismo, tome com moderação e, principalmente, sem misturas doidas que podem te levar a morte ou a sequelas ao resto da vida. Divirta-se divertindo e não se matando!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Postura corporal, velocidade e os níveis de caminhada

A caminhada é a atividade física mais democrática que existe: qualquer um pode andar, desde que não tenha restrição de mobilidade ou esteja impossibilitado.



Segs

Cada vez é mais frequente a prática da caminhada urbana. No início do dia ou da noite, mais pessoas andam a pé pelas calçadas. Parques e calçadões das praias brasileiras também atraem muita gente para simplesmente andar. Isto é muito bom para a saúde, permite manter a forma e sentir-se bem. Vejo pessoas caminhando de todas as maneiras, passeando ou andando bem rápido.

A caminhada é a atividade física mais democrática que existe: qualquer um pode andar, desde que não tenha restrição de mobilidade ou esteja impossibilitado. É uma atividade boa para crianças, jovens ou idosos, inclusive para integrar todas as idades. O simples caminhar é tido como uma atividade física, mas para a pessoa saber se está praticando o suficiente é preciso levar em conta a intensidade da atividade, determinada por variantes como o trajeto percorrido, a velocidade média alcançada e o tempo despendido, além frequência e, principalmente, se está se sentindo bem.

Saber o tempo gasto para perfazer uma distância é um dos parâmetros utilizados para determinar os níveis de caminhada. É importante notar que um dos pés sempre deve tocar o solo, pois se os dois estiverem no ar ao mesmo tempo, já fica configurada a corrida e não a caminhada. Mas, nem sempre andar apenas por andar é perfeito para a saúde. O ato de caminhar pode ser potencializado em seus benefícios e reduz ainda mais a possibilidade de lesões quando se mantém a postura corporal adequada para o nível correspondente de caminhada que cada um pratica. Passo a explicar os quatro níveis de caminhada para que cada um possa identicar seu estilo e adotar a postura corporal correta. A beleza da caminhada é que se trata de uma atividade física infinitamente adaptável, é possível moldá-la a um programa de caminhada ou ao condicionamento físico, aos objetivos e às habilidades de cada um. E, neste ponto, estou falando de saúde e qualidade de vida.

Nível 1 – Caminhada leve

A caminhada leve ou marcha à pé é feita naturalmente, quando se passeia no parque ou se anda no shopping para fazer compras, por exemplo. É aquela do dia a dia. Uma atividade física de baixo impacto para as articulações, na qual o caminhador pode fazer o trajeto de cerca de 4 a 5,5 quilômetros em uma hora, um total que pode ser diluído durante o dia, mas o ritmo deve ser mantido, cerca de um quilômetro pelo menos a cada quinze minutos. Este estilo livre de caminhada é bom para iniciantes ou para quem precisa desenvolver a resistência e a força muscular, ajudando a manter a saúde e a melhorar a qualidade de vida.

De modo geral, a postura corporal do caminhador é a mesma em todos os níveis aqui abordados, mas há pequenas variações na postura a fim de facilitar o movimento. O batimento cardíaco também varia de acordo com a intensidade da caminhada. O correto é manter a cabeça alinhada à coluna e centrada entre os ombros, e o queixo paralelo ao chão. Imagine como se um fio estivesse preso no alto de sua cabeça, puxando-a para cima juntamente com a coluna. O olhar fica sempre à frente das passadas, com a distância crescendo de acordo com a velocidade. Os ombros devem estar para trás, sem que fiquem para cima. Com esta postura, o peito permanece aberto para facilitar a respiração. Os braços acompanham o movimento natural, com os cotovelos formando um ângulo de quase 90 graus, balançando para frente e para trás e não para os lados. As mãos devem ficar em forma de concha, como se estivem segurando uma borboleta. Quanto ao abdômen, deve permanecer com a musculatura contraída, como se levasse o umbigo em direção às costas. Este pensamento do umbigo para trás ajuda a posicionar corretamente a coluna e a proteger a região lombar. Os quadris devem ficar naturalmente soltos, fazendo o movimento para frente e para trás e nunca de um lado para o outro, como se estivesse rebolando. A movimentação dos braços é alternada com o movimento das pernas: quando a perna esquerda está à frente, o braço direito também está à frente e vice-versa. Este movimento natural gera mais equilíbrio a todo o corpo. Ao pisar, sempre que colocar o calçado no chão, o calcanhar toca primeiro o solo.

Nível 2 – Caminhada esportiva

A caminhada como exercício físico tem um ritmo um pouco mais acelerado, percorrendo entre 5,5 a 7 quilômetros por hora. É uma caminhada moderada, um exercício físico de baixo impacto e excelente para ajudar a perder peso moderadamente, aumentando a vitalidade.

Neste nível, o corpo é mais requisitado – se comparado ao nível 1 –, utilizando mais os quadris, nádegas, costas, abdômen e a musculatura do tronco e dos membros superiores. Os braços na caminhada esportiva ficam dobrados a 90 graus e, durante o balanço, os cotovelos levantam-se à altura do peito e as mãos passam na altura dos quadris, ao abaixarem. Os batimentos cardíacos precisam ser mantidos em um ritmo estável.

Nível 3 – Caminhada vigorosa

A caminhada vigorosa ou intensa é uma forma de caminhar com maior velocidade, por isso, queima mais calorias que o nível 2 de caminhada. O ritmo é extremamente rápido, de cerca de 7 a 9,5 quilômetros por hora. Além de aumentar ainda mais o tônus muscular, este nível melhora o desempenho atlético e tem reduzido o risco de lesões, se comparado à corrida, por exemplo. Trata-se de um exercício físico aeróbico mais vigoroso que os níveis 1 e 2, por ativar bastante os batimentos cardíacos. Na caminhada vigorosa é importante notar que um dos pés sempre deve estar tocando o solo para não configurar a corrida, quando se passa dos 9,5 quilômetros por hora, como é o caso do jogging ou do cooper, cuja velocidade é de 9,7 quilômetros por hora.

Na caminhada vigorosa, os braços também se dobram a 90 graus, como na caminhada esportiva, só que o movimento é mais rápido. No nível 3, os passos são mais curtos e rápidos que o normal. A posição dos pés também é um pouquinho diferente porque deve-se imaginar o andar na corda bamba, levando o pé à frente do outro a cada passada, portanto, as coxas são mais utilizadas. A tendência é que a respiração seja mais profunda e forte, mas é preciso mantê-la regular e estável. O batimento cardíaco fica um pouco mais acelerado.

Agora está na moda a power walking. Um tipo de caminhada cujo conceito surgiu na Europa e que se enquadraria no nível 3, só que um pouco mais intensificada. A caminhada rápida é feita com a adição de pesos amarrados às pernas ou aos braços, o que torna o exercício físico mais vigoroso. A técnica gasta bem mais calorias, desenvolve o sistema cardiovascular e aumenta o condicionamento físico. Vem sendo usada como treinamento mesmo e é preciso ter supervisão de um profissional. Quanto à postura, o tronco fica um pouco mais inclinado para frente e o olhar deve concentrar-se a mais de quinze passos à frente.

Nível 4 – Marcha atlética

A marcha atlética ou olímpica é a face competitiva da caminhada. Com ela, é possível fazer entre 12 e 15 quilômetros por hora. O nível 4 conserva a característica fundamental da caminhada: manter o contato com o solo sem interrupção, por meio do duplo apoio. A progressão do percurso é feita com velocidade, mas com menos risco de lesão se comparado à corrida. A intensidade do exercício trabalha músculos e também queima calorias.

Na marcha atlética, os braços, flexionados a 90 graus, são mantidos próximo ao corpo. Os quadris exercem rápida movimentação para frente e para trás e devem sempre estar alinhados com os ombros. A posição das coxas é determinada pelo levantamento dos joelhos, movimento que tem sequência com a perna estendida ainda no ar, o que amplia um pouco mais o tamanho do passo. Os pés fazem o movimento de mataborrão, no qual o calcanhar toca o chão, depois a sola do pé e os dedos. É preciso se esforçar para manter a respiração profunda estável.

Além dos quatro níveis de caminhada urbana, classificação citada em programas de atividade física descritos no livro “Fitness Walking for Dummies”, de Liz Neporent, publicado em 1999 nos Estados Unidos, outro estilo que também está na moda é o trekking, feito em terrenos planos ou montanhosos. O enduro a pé de regularidade, como um rali, é um esporte, no qual se deve percorrer trilhas preestabelecidas, observando planilhas que fornecem informações como figuras representativas sobre o caminho, direções para navegação por bússola, velocidade de caminhada e comprimento dos trechos do percurso. A velocidade média em cada trecho geralmente é fornecida em metros por minuto e o comprimento de cada trecho em metros. É um estilo de caminhada ao ar livre com metas, feita por quem está preparado fisicamente. Um outro estilo que está chegando ao Brasil é a caminhada nórdica, uma modalidade que transita bem em áreas urbanas, na montanha, no campo ou na praia, e pode ser praticada por quem está em boa forma ou não. A caminhada nórdica apresenta excelentes resultados quando o objetivo é emagrecer, além de ser uma atividade de impacto ainda mais baixo quando comparada à caminhada clássica.

Em todos os casos, a avaliação médica é imprescindível antes de começar a praticar a caminhada. Inicie por passeios curtos e prazeirosos. Com o tempo, o condicionamento físico vai melhorando e será possível se aventurar um tanto mais e, quem sabe, vir a se tornar um peregrino. A caminhada, para quem está em forma, é a melhor maneira de começar a correr. Basta ir caminhando dentro de seus limites que, dia a dia, a performance irá melhorar. Observe que, em relação à corrida, a caminhada tem menos impacto sobre as articulações e apresenta queima de caloria semelhante. Escolha um tênis adequado, vista-se com roupas que permitam movimentar-se facilmente, hidrate-se, passe protetor solar e aproveite o período mais tranquilo de início de ano para caminhar. A caminhada melhora a saúde, a aparência, ajuda a se sentir bem consigo mesmo, a perder peso ou ficar mais forte; ou todas as alternativas anteriores. Aproveite o novo ano para traçar metas e inicie um programa para alcalçar seus objetivos. A caminhada que, há séculos tem servido até como instrumento de manifestação popular, pode ser uma forte aliada para a saúde, para a estética ou simplesmente para relaxar e fazer amigos. Como adepto da caminhada, acho interessante observar como o andar revela características individuais: elegância, timidez e até depessão ficam aparentes na maneira como a pessoa anda.